Imagens de uma das estrelas mais luminosas e massivas pertencentes ao Universo, foi capturada pelo Telescópio Espacial James Webb. A estrela é denominada Wolf-Rayet pelas suas características e seu nome científico é WR 124, está localizada na constelação de Sagitário a mais de 15 mil anos luz da Terra.
Algumas estrelas tornam-se brevemente uma Wolf-Rayet antes de explodirem em uma supernova, por isso é raro para os astrônomos identificá-las.
As estrelas grandes e brilhantes queimam seu combustível, como o hidrogênio ao longo de algumas centenas de milhares de anos, liberando suas camadas externas em anéis de gás e poeira, até explodirem.
As primeiras aparições da estrela brilhante foram no ano de 2022. A nova imagem, divulgada pela Nasa na terça-feira (14) na South by Southwest Conference em Austin, Texas, revela detalhes sem precedentes da luz infravermelha, que é invisível aos olhos do ser humano.
A estrela, cercada por um elo de gás e poeira brilhante, brilha no centro da imagem. Na Terra, a poeira é considerada um incômodo que precisa ser limpo. Mas a poeira cósmica existente, que surge com a morte das estrelas, formam outras, além de contribuir para a expansão do Universo.
A estrela Wolf-Rayet observada por Webb tem 30 vezes a massa do nosso Sol, que tem uma massa de cerca de 333.000 Terras. Até agora, WR 124 derramou cerca de 10 sóis de material, criando o gás frio e brilhante e a poeira cósmica vistos na imagem.
O telescópio Webb é um equipamento que promete aos cientistas a identificação de novas estrelas, além de conseguir identificar fragmentos ou presença de algo fora do comum no espaço.
“No final da vida de uma estrela, elas lançam suas camadas externas para o resto do universo”, disse Amber Straughn, astrofísica do Goddard Space Flight Center da Nasa.
“Acho que este é um dos conceitos mais bonitos de toda a astronomia. Este é o conceito de poeira estelar de Carl Sagan, o fato de que o ferro em seu sangue e o cálcio em seus ossos foram literalmente forjados dentro de uma estrela que explodiu bilhões de anos atrás. E é isso que estamos vendo nesta nova imagem. Essa poeira está se espalhando pelo cosmos e eventualmente criará planetas. E foi assim que chegamos aqui, de fato”.
*Com informações da CNN Brasil