Manaus (AM) – A Justiça do Amazonas aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado (MP-AM) e 16 policiais da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) viraram réus do processo que ficou conhecido como “A chacina do ramal da Água Branca”, ocorrido em 21 de dezembro de 2022, na AM-010.
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As vítimas Alexander do Nascimento Melo, Valéria Pacheco da Silva, Diego Máximo Gemaque e Lilian Daiane Gemaque foram assassinadas a tiros após abordagem policial, no bairro Nova Cidade, e os corpos foram encontrados dentro de um carro no ramal.
São réus: Thiago da Silva Almeida, Raphaela Batista da Silva, Raimundo Nonato do Nascimento Torquato, Anderson Junio dos Santos Pimentel, José Vando Carioca Franco, Diego Bestes Bruce, Charlys Mayzanyel da Ressurreição, Tarle Coelho Mendes, Marcos Miller Jordão dos Santos, Stanley Ferreira Cavalcante, Jonan Costa de Sena, Anderson Ferreira de Sousa, Dionathan Sarailton de Oliveira Costa, Maykon Horara Feitoza Monteiro, Charly Mota Fernandes e Everton Souza de Oliveira.
Denunciados por homicídio qualificado, o processo do MP é um dos maiores já apresentado à Justiça do Amazonas, reunindo provas que vieram das investigações feitas pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Relembre o caso
No dia 21 de dezembro de 2022, o carro que transportava Diego Máximo Gemaque, de 33 anos, Lilian Daiane Máximo Gemaque, 31 anos, Alexandre do Nascimento Melo, 29 anos, e Luciana Pacheco da Silva, 22 anos, foi abordado por policiais militares da Rocam no bairro Nova Cidade e, posteriormente, os corpos das quatro pessoas foram encontrados no ramal Água Branca com sinal de tortura e marcas de tiros. Próximo ao veículo foram encontrados, pelo menos, 12 cápsulas de cartuchos calibre 12.
Três vítimas, sendo duas mulheres e um homem, estavam dentro do veículo modelo Onix com o rosto coberto com balaclava. Um outro homem foi localizado dentro do porta-malas.
As investigações iniciaram após um vídeo da abordagem policial começar a circular nas redes sociais, onde foi possível identificar os oficiais envolvidos nos homicídios.