Em comissão do Senado para acompanhar as ações no território Yanomami, nesta quarta-feira (29), a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, elegeu medidas a serem tomadas na área, como a proteção territorial e retirada de garimpeiros, além da aplicação correta de recursos.
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Joenia Wapichana ressaltou o que deve ser feito para evitar o aumento das invasões e das áreas de garimpo, também alertou sobre a desestruturação da assistência de saúde indígena, além da falta de políticas de proteção desses povos, como as causas de uma tragédia anunciada.
“[É preciso] superar esse quadro, o desmatamento, a destruição dos ecossistemas, a contaminação do solo, da água, o assoreamento dos rios, a diminuição da população dos peixes, a contaminação de peixes por mercúrio, a diminuição da roça”,
destacou a presidenta sobre a parte ambiental.
Da parte da saúde, a preocupação é com o aumento de doenças infectocontagiosas e da contaminação por mercúrio, da desestruturação das comunidades e do tráfico de drogas.
No âmbito da fiscalização das leis, o rastro do ouro precisa ser revisto. Segundo ela, acabar com a boa-fé, a possibilidade de compra do ouro sem o certificado de origem.
Representante do Ministério dos Povos Indígenas, Marcos Kaigang disse que a pasta trabalha em conjunto com outras áreas para montar um plano de atuação conjunta mas que o principal, uma das coisas que deve ser o foco, é o aumento do efetivo na região, dos servidores da Funai, da equipe de saúde e mais orçamento para as ações na região.
*Com informações da Agência Brasil