O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou ter havido superfaturamento na compra de pílulas de Viagra pelas Forças Armadas, ocorridas entre 2020 e 2021, e ordenou a devolução de R$ 27,8 mil aos cofres públicos. A decisão foi publicada na quarta-feira (29).
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O processo que investigou o caso, atendeu a uma representação feita ano passado pelo ex-deputado Elias Vaz (PSB) e pelo senador Jorge Kajuru (PSB).
A compra da medicação foi feita pelo Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro e, conforme o TCU, o valor pago pela unidade da medicação foi de R$ 3,65, valor este superior ao valor médio, que na época custava R$ 1,81.
O caso das compras da Viagra, ganhou notoriedade nacional, por se tratar de um medicamento que é indicado para o tratamento de disfunção erétil em homens, quanto pela quantidade que foram comprada, um total de 35 mil comprimidos.
O TCU deu o prazo de 90 dia para que o Hospital Naval Marcílio Dias devolva o valor aos cofres públicos.
Debate
Na época, a polêmica da compra foi tanta que o assunto rendeu discussão entre o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), em debate na Globo.
“Sabe o que você fez a mais que você poderia explicar para o povo? Comprou 35.000 caixas de Viagra para dar para as Forças Armadas. Explica por que, se o povo não tem sequer fraldão geriátrico para as pessoas mais velhas de idade, que você retirou?”, questionou Lula na ocasião.
Ao ser questionado por seu adversário político, Bolsonaro ficou um tanto quanto desconfortável e tentou justificar a compra.
“Lula, o Viagra é usado para vários tratamentos. A governadora do Rio Grande do Norte também comprou. Então, não vem com essa historinha de comprar Viagra que é usado para tratamentos como…”, disse em resposta.