Manaus (AM) – Cumprindo a agenda de reuniões setoriais com os segmentos culturais do Amazonas, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa promoveu o encontro com escritores, editores e demais profissionais do setor de livros, leitura, literatura e HQs, para debater o modelo de aplicação dos recursos previsto pela Lei Paulo Gustavo (LPG).
A reunião aconteceu na tarde desta segunda-feira (17), no Cineteatro Guarany, avenida Sete de Setembro, no Centro de Manaus.
As reuniões setoriais cumprem uma exigência do Ministério da Cultura (MinC) e reforçam a importância da participação da classe que está na ponta, vivenciando a rotina da produção cultural. De acordo com a assessora jurídica da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Anne Paiva, a partir das reuniões serão colhidas propostas, ideias e sugestões para que o estado receba e destine de maneira estratégica o recurso federal.
“É muito importante que, além dos representantes das cadeiras do conselho estadual de cultura, também tenham participantes de cada classe. A feitura dos editais da Paulo Gustavo não se dá só por parte do estado, como também é necessária a participação dos membros da nossa sociedade civil”, disse Anne.
O escritor de livros infantis, Jefter Haad, já participou de vários editais, desde 2018 e, para com a LPG encontrou uma oportunidade para publicação de um novo projeto. As reuniões, são tidas por ele, como essenciais para evitar entraves ainda no processo de criação do projeto que será inscrito no edital.
“A gente consegue ter esse tipo de conversa e entra em um consenso, então vejo a importância dessa maneira. Já que reconhecemos uma dificuldade no momento em que estamos escrevendo um projeto, a gente pode notificar para uma instância maior para que possa ser alterado e abranger novas pessoas”, disse o escritor.
Vindo de uma família de músicos, o compositor e cantor Eduardo Brasil, conhecido como “Edu do Banjo”, participou do encontro vislumbrando a chance de concretizar a primeira publicação da família enraizada no samba, o livro “Coracy, Edu e Dudu, uma história que deu samba”. “A gente precisa disso, ajuda muito. Depois da pandemia a nossa classe musical, artística sofreu muito, então é hora de começar os trabalhos e os projetos nessa parceria com recursos federais”, reforça o músico.
Lei e cronograma
Promulgada em 2022, a Lei Paulo Gustavo prevê o repasse de R$ 3,86 bilhões aos estados, Distrito Federal e municípios para aplicação em ações emergenciais com o intuito de amenizar os efeitos da pandemia, sofridos pelo setor cultural.
Deste montante, o Amazonas receberá R$ 86,8 milhões, sendo R$ 51,5 milhões para o estado e o restante será dividido entre a capital e os municípios. Do total do recurso do estado, R$ 37,8 milhões estão previstos para produções audiovisuais.
As reuniões setoriais da Lei Paulo Gustavo estão acontecendo desde o dia 13 de abril e seguem até o dia 5 de maio, de acordo com os setores culturais. Além do formato presencial, no Cineteatro Guarany, avenida Sete de Setembro, Centro, os encontros têm tradução em Libras e são transmitidos pelo canal do youtube da secretaria de Cultura.
Mais informações sobre as reuniões setoriais podem ser encontradas nas redes sociais @culturadoam e Portal da Cultura (https://cultura.am.gov.br/).