Manaus (AM) – Para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Malária, comemorado nesta terça-feira (25), a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), promoveu a intensificação das ações de controle e prevenção da doença, abrangendo as zonas Norte, Sul, Oeste, Leste e rural.
A programação foi executada pelos Distritos de Saúde, com ações na comunidade Nova Canaã (quilômetro 41 da BR – 174), zona rural; na escola municipal João Paulo, no ramal Chico Mendes, zona Leste; na comunidade Itaporanga, bairro Nova Cidade, zona Norte; na ponte do Rio Negro, bairro Compensa, zona Oeste; e no porto de Manaus, bairro Centro, na zona Sul.
Segundo o chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, o objetivo foi mobilizar a população de Manaus sobre a importância das ações de prevenção à malária e as medidas que cada pessoa pode adotar para evitar a doença.
Neste ano, entre janeiro e 18 de abril, Manaus já registrou 719 casos de malária, com um aumento de 4,5% em relação ao mesmo período de 2022, quando houve a notificação de 688 casos da doença.
“Manaus registrou quase 35% de redução de casos de malária no ano passado, em comparação com 2021, e manter essa redução é um desafio. Mas, a expectativa é manter neste ano os indicadores semelhantes ao do ano passado no controle da doença. Historicamente, a maioria dos casos registrados a cada ano é concentrada na zona rural, com uma participação em torno de 40% dos casos, e Leste, nas áreas com características rurais e pouco urbanizadas, que têm uma participação de aproximadamente 45% dos casos”,
explicou Alciles.
A chefe do Núcleo de Controle da Malária da Semsa, Ilauana Oliveira Paz, destacou que com a redução de casos da doença registrados nos últimos cinco anos em Manaus, a Semsa vem buscando intensificar as ações de vigilância, com busca ativa para detecção precoce de casos, tratamento em tempo oportuno e controle do vetor de transmissão da doença.
“Para intensificar as ações de vigilância, é preciso inovar nas estratégias. Nas zonas Rural e Leste, a Semsa tem desenvolvido um trabalho diferenciado, de acordo com a situação de cada área. Na zona Leste, um dos focos é a borrifação de inseticida para o controle do mosquito adulto, mas de forma direcionada nas áreas em que há necessidade real, com o diagnóstico em tempo oportuno e cortando o risco de transmissão”,
afirmou Ilauana.
Ela explica, ainda que na zona Leste, há o reforço da busca ativa de casos em localidades específicas, segundo avaliação de cada área, com acompanhamento contínuo do paciente, inclusive com o agente de saúde realizando o tratamento supervisionado.
Nas ações desenvolvidas, houve a oferta de ações de educação em saúde, exposição de material educativo, oferta de exame para diagnóstico de malária, roda de conversa com os moradores, busca ativa de pessoas com sintomas da malária, exposição do ciclo biológico do mosquito transmissor da doença, além da oferta de serviços como atendimento médico; verificação de pressão arterial e glicemia; orientações sobre Nutrição e Saúde Bucal; e vacinação (rotina e influenza).
Durante ação na comunidade nova Canaã, o diretor do Distrito de Saúde (Disa) Rural, Rubens Souza, destacou a importância da parceria com moradores e com instituições como escolas no combate à malária.
O comerciante Domingos Pereira Silva, morador da comunidade Nova Canaã, também destacou a importância das ações de educação em saúde e do acompanhamento realizado pela equipe de agentes de saúde na comunidade.
“Eu tive malária em 2004, quando morava no bairro Alfredo Nascimento. Aqui, na comunidade Nova Canaã, nunca tive a doença, mas acho importante esclarecer a população, alertar sobre os cuidados e para fazer o tratamento direito. O acompanhamento aqui na comunidade é muito bom. Os agentes de saúde passam toda semana nas ruas, perguntam se tem alguém com sintomas, oferecem o exame e, caso seja positivo, eles já retornam com o medicamento”,
conta.
A malária é uma doença infecciosa produzida por protozoários do gênero Plasmodium, cujo principal vetor de transmissão é o mosquito Anopheles darlingi. Além da febre alta, os sintomas incluem calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça.
*Com informações da assessoria