Manaus (AM) – Em operação deflagrada nesta quinta-feira (4), 16 integrantes de um grupo criminoso foram presos por envolvimento em sequestros e roubos. As prisões aconteceram em dois cativeiros situados nos bairros Petrópolis e Coroado, zonas Sul e Leste da capital, respectivamente. A quadrilha atraía as vítimas por um site de relacionamentos.
Leia também: Estelionatária é presa por aplicar diversos golpes em Manaus
Com base na existência de um possível grupo criminoso, as investigações foram iniciadas pelo 3º e 24º DIPs, que descobriram o grupo criminoso que estava praticando crimes de roubo e sequestro, com vítimas sendo enganadas após a combinação de encontros sexuais. Em paralelo a isso, as equipes policiais do 11º DIP também estavam investigando os suspeitos pela mesma prática criminosa.
O delegado titular do 11º DIP, Torquato Mozer, destacou que esses falsos encontros realizados com as vítimas partiam de pessoas do sexo masculino e feminino.
“Havia um certo desconforto, uma vergonha, da vítima em relatar à polícia os fatos acontecidos. Possivelmente, ainda tenha várias pessoas que não prestaram depoimento, mas com base em dados concretos, mais de 17 vítimas já foram ouvidas acerca do mesmo crime praticado contra elas. Além disso, a organização criminosa também praticava assaltos contra motoristas de aplicativo”, disse Mozer.
O delegado Marcelo Martins, titular do 24º DIP, relatou detalhes da ação conjunta realizada com o intuito de prender os suspeitos envolvidos no crime.
“Essas vítimas eram atraídas com fotos de garotas em sites de conteúdo sexuais e quando a pessoa chegava no local, a organização criminosa entrava em ação amarrando e trancando a pessoa em um quarto e praticando a extorsão. Segundo relatos de algumas vítimas, elas ficavam horas amarradas junto com outras vítimas que também foram enganadas”, relatou Martins.
A organização criminosa, composta até então por 16 pessoas, tinha funções específicas. O delegado detalhou que alguns suspeitos serviam para atrair as vítimas ao local, outras serviam para amarrar e aterrorizar com facas e outros cuidavam do cativeiro.
Segundo o delegado George Gomes, titular do 3º DIP, os dois cativeiros, onde as vítimas foram trancadas, eram propriedades alugadas.
“Invadimos o cativeiro no momento que a vítima estava saindo da localidade, essas residências estavam sendo alugadas pelos criminosos, eles pagavam de forma antecipada e conviviam de forma normal, com pais, crianças, avós, para que a vizinhança não desconfiasse das ações ilícitas realizadas”, explicou George.
Procedimentos
Os presos responderão por extorsão mediante sequestro, associação criminosa e cárcere privado. Todos ficarão à disposição do Poder Judiciário para as medidas cabíveis.
Veja o vídeo: