Brasília (DF) – O ministro da Justiça Flávio Dino rebateu declarações do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) durante audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.
Deltan disse que antes via um governo investigando casos de corrupção e hoje viu um Estado apurando a falsificação de carteira de vacinação, se referindo ao caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O político ressaltou que tudo deve ser investigado, mas criticou a “proporção” das apurações do governo petista.
Leia também: “Se o senhor é da SWAT, eu sou dos Vingadores” diz Flávio Dino a Marcos Do Val após críticas
O ex-procurador da Lava Jato ainda acusou os governos anteriores de “apoiarem ditaduras”, terem os “maiores escândalos de corrupção da face da Terra para manter o seu poder”.
Dino rebateu afirmando que o governo já faz investigações de diferentes alçadas, mas com seriedade, o “que não ocorria no governo anterior”. O ministro também disse estar triste com a afirmação de Deltan de que uma “investigação séria sobre questão sanitária não é prioridade”.
”Em relação ao debate sobre a lei ser necessária ou não, o senhor fala em ditadura, maiores escândalos, eu acho que, sinceramente, olhando para o senhor, o senhor acredita no que diz, o que é mais grave. Porque o senhor realmente parte de um sistema de crenças próprias e singulares que não têm aderência na realidade. Nosso governo foi eleito pela população e mantém relações diplomáticas amplas com todos os países do planeta, faz diplomacia defendendo o Brasil. Não há esse alinhamento, o presidente Lula não recebeu presente de ditadura, joias, coroa de joias, anel, nada desse tipo.”
Flávio Dino, ministro da Justiça
O ministro ainda questionou de onde Deltan tirou a frase “o maior escândalo da história”: “Quando o senhor afirma isso, o senhor comprova a necessidade do projeto sobre fake news”.
*Com informações do UOL