A seleção brasileira já tem seus 23 convocados para os dois amistosos de junho. Com a chegada a Barcelon (Espanha), sede do jogo contra a Guiné no sábado (17), de Pedro e Ayrton Lucas, do Flamengo, e André, do Fluminense, o elenco já conta com 21 atletas que atuarão sob o comando de Ramon Menezes. O próximo amistoso será no dia 20, em Lisboa (Portugal) contra Senegal.
Na quarta-feira (14), goleiro Ederson, do Manchester City (Inglaterra), desembarca em solo espanhol, assim como o zagueiro Robert Renan, do Zenit (Rússia), convocado para substituir Nino, do Fluminense, que não pôde vir por estar contundido.
Comemorando a convocação
Principal artilheiro do Flamengo na atual temporada, com 22 gols marcados, Pedro experimenta a ansiedade das pré-partidas da seleção. “A expectativa é muito boa, sempre é bom vir para cá. Espero dois grandes jogos, com duas vitórias, e quero aproveitar a oportunidade”, disse.
A convocação também é comemorada por André, que tem três gols pelo Fluminense. “Muito feliz, é a minha segunda convocação, agora menos nervoso que da primeira vez. Vamos fazer uma ótima semana de preparação e ir com tudo para esses dois amistosos”, comentou
Uniforme peto
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou na segunda-feira (12) o uso inédito de um uniforme completamente preto pela seleção canarinho contra a seleção da Guiné. A iniciativa faz parte de uma série de ações de combate ao racismo que inicirama após as manifestações de ódio disparadas por alguns torcedores espanhóis ao atacante do Real Madrid, Vinicius Júnior, em maio.
A camisa preta será usada no primeiro tempo do amistoso, um fato inédito em 109 anos de história da seleção brasileira. Já no segundo, a canarinho volta, mas ainda com simbologia antirracista.
Camisa preta será usada pela primeira vez em um partida da seleção (Foto: Joilson Marconne/CBF)
Primeiro negro e nordestino no comando da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirma que o futebol tem o poder de pavimentar caminhos que exaltem a tolerância e o respeito entre as pessoas. Desde o primeiro dia do meu mandato, essa questão é prioritária. Fizemos um seminário para tratar do tema, criamos um grupo de trabalho com 60 pessoas que se reúnem periodicamente para avançar em discussões e propostas”, disse o presidente da entidade.
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Rodrigues também destacou o dispositivo criado pela CBF, e único entre as federações, que pune com perda de pontos equipes que compactuem com racismo entre seus integrantes. “Somos a única federação de futebol do mundo que criou um dispositivo que prevê a perda de pontos por causa de atos de racismo. Isso está no texto do Registro Geral de Competições da CBF”, comentou.