Luiz Schiavon, tecladista e fundador do RPM (junto ao cantor e baixista Paulo Ricardo), morreu nesta quinta-feira (15), aos 64 anos, em São Paulo. O músico lutava contra uma doença autoimune que havia causado sua internação em hospital de Osasco (SP).
Schiavon passou por uma operação há poucas semanas o que acarretou em algumas complicações de saúde.
A esposa de Schiavon confirmou a morte do compositor por meio de nota publicada em uma rede social (leia a nota na íntegra no fim da matéria).
Carreira com o RPM
Schiavon fundou o RPM na década 1980 após um projeto musical com o baixista e cantor Paulo Ricardo. A esse núcleo logo juntaram-se, o guitarrista Fernando Deluqui e o baterista Paulo P.A. Pagni (falecido em 2019).
Em 1985 o RPM lançou “Revoluções por Minuto” disco de estreia recordista de vendas, com mais de 900 mil cópias. Do álbum saíram hits como “Olhar 43” e “Rádio Pirata”, mas praticamente todo o disco tocava nas rádios.
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Nas composições era nítida a influência de Schiavon quanto ao uso de sintetizadores e referências ao rock progressivo dos anos de 1970.
O sucesso também gerou crises de ego entre a banda que se separou pela primeira vez em 1987, tendo várias ressureições ao longo dos anos.
O RPM estava em atividade desde 2011, sem a participação de Paulo Ricardo, que segue carreira solo. Não se sabe se a banda continuará sem Schiavon.
O músico também foi maestro do programa global Domingão do Faustão, além de produtor musical.
Nota de falecimento divulgada pela esposa de Luz Schiavon:
“É com pesar que a família comunica o falecimento de Luiz Schiavon. Ele vinha lutando bravamente contra uma doença autoimune há 4 anos mas, infelizmente, ele teve complicações na última cirurgia de tratamento e não resistiu.
Luiz era, na sua figura pública, maestro, compositor, fundador e tecladista do RPM, mas acima de tudo isso, um bom filho, sobrinho, marido, pai e amigo. Portanto, a família decidiu que a cerimônia de despedida será reservada para familiares e amigos próximos e pede, encarecidamente, que os fãs e a imprensa compreendam e respeitem essa decisão.
Esperamos que lembrem-se dele com a maestria e a energia da sua música, um legado que ele nos deixou de presente e que continuará vivo em nossos corações. Despeçam-se, ouvindo seus acordes, fazendo homenagens nas redes sociais, revistas e jornais, ou simplesmente lembrando dele com carinho, o mesmo carinho que ele sempre teve com todos aqueles que conviveram com ele.”