Esses são “perigosos”. Rsrsrs. Por mais tecnologia que existe hoje, uma significativa parcela da população mundial, ainda usa “dinheiro vivo” no seu dia a dia. Seja para o flanelinha, para feira, mercadinho, para a doação da igreja, na obra de casa ou da empresa, enfim muita utilidade ainda. E, não é só o famoso “corinho de rato” não. É dinheiro graúdo que circula. Algumas pessoas utilizam por não se adaptarem ainda a tecnologia, outros pelo tipo de negócio e, outros, por não quererem ter registrado essas operações no sistema bancário mesmo, a famosa “lavagem de dinheiro”. Isso é assunto para as autoridades competentes.
Mas, se grande parte da população ainda utiliza, por que eu, logo no início deste artigo, disse que é perigoso? Por várias razões, entre elas: segurança para quem estão de posse da quantia (pagador e recebedor), ainda no quesito segurança, tem as falsificações de cédulas; e o controle (de quem paga e de quem recebe também). No quesito segurança, atualmente, não podemos nos dar a o luxo de andar com valores “vivos” – Tá bom, você vai responder: – Ah, também tem vários golpes digitais com o PIX. Sim, tem!
A segunda razão colocada acima é a falta de controle. Esse é “o perigo” maior. Pois, se você está começando sua organização financeira e, não controla (e é difícil mesmo controlar a movimentação do dinheiro vivo) é onde mora o perigo informado. Ao chegar no final do dia, sem o devido controle e cuidado, você saberá (+-) o valor que tinha no bolso/caixa. Porém, gastou ao longo do dia e, sem nenhuma anotação, fica perdido em saber o quanto gastou em cada coisa e, onde gastou.
Recentemente, conversando com um empresário sobre a minha consultoria, ele me disse: – “Alexandre, outro dia aconteceu exatamente isso comigo. Recebi em espécie, por volta das 09h da manhã, um valor razoável, de um cliente que estava me devendo. Achei muito bom, pois esse pagamento já estava em atraso a bom tempo. Porém, ao invés de já depositar o referido valor, deixei para fazer mais tarde. Saindo de lá, passei na obra para ver como estava, e, já deixei uma quantia lá. Depois, passei na oficina onde estava meu carro, já deixei outra quantia e, assim foi. Quando cheguei em casa, eu achei que tivesse perdido o valor, que tivesse caído do bolso ou sei lá o que. Pois, eu tinha somente, R$150,00. Sendo que o valor recebido, iria compor outros compromissos, que não aqueles que acabei pagando ao longo do dia. Ou seja, recebi um bom valor e, paguei algumas coisas, mas, a sensação era de que o dinheiro tivesse sumido.”
Em conversa com outro amigo, ele me disse que tem tudo controlado na “planilha manual” dele, o velho e bom caderno. Segundo ele, depois que ouviu alguns conselhos meus, anota tudo (entrada e saídas no caderno). Que seja assim. Dessa forma, ele, terá as informações a prontidão para qualquer consulta. Controle é muito importante.
Essa é uma das funções da consultoria financeira, seja para pessoas físicas ou pessoas jurídicas. Em primeiro lugar entender a situação do meu cliente (tudo o que ele movimenta em dinheiro vivo – obviamente, tem outras movimentações, mas, focarei no cash). É uma parte da consultoria muito delicada e trabalhosa, pois, dependerá do % de movimentação em dinheiro vivo que ele tenha.
Muitos locais onde efetuamos pagamento em espécie, acabam por informar que não tem o troco necessário, ou pior, nos oferecem algum produto como tal, seja chicletes, bombons etc., o que é considerado ilegal pelo CDC (Código Defesa do Consumidor). O consumidor, não tem obrigatoriedade de levar dinheiro trocado. Logico, nem todos usam o bom senso. Compram alguma coisa de baixíssimo valor e, pagam com uma nota graúda. Essa responsabilidade do troco é de quem está vendendo o produto/serviço. O que muitas das vezes ocorre é que o consumidor, acaba deixando esse valor (troco) para lá. As vezes até porque não quer carregar diversas moedas/cédulas. Isso é bom para o vendedor (pequeno lucro). Porém, para o consumidor, pode fazer diferença no controle dele (caso tenha). Quando o consumidor pega os trocados, ele, poderá fazer uma pequena poupança, por exemplo, colocar num pote todas as moedas e, quando estiver cheio, depositar em sua conta corrente ou, às vezes, trocar por alguma recompensa que alguns lojistas oferecem. Dinheiro, por menor que sejam as moedas ou cédulas, quando somadas, elas têm imenso valor. Imagina isso acumulado?
A motivação te faz iniciar. A disciplina, te faz continuar. E, é assim mesmo. Um dia após o outro. Vamos construindo as nossas estratégias de gestão financeira, muito importantes para nosso futuro.