O preparador físico uruguaio, do clube de futebol peruano Universitário, Sebastian Avellino Vargas, foi preso em flagrante na noite da última terça-feira (11), na capital paulista, sob acusação de racismo contra torcedores do Corinthians.
O preparador, de 43 anos, foi durante a partida entre os times pela Copa Sul-Americana, na Neo Química Arena, zona leste da capital paulista, por fazer gestos racistas, imitando um macaco, em direção à torcida do Timão, esclareceu a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, que em nota afirma que o ato chamou atenção de policiais militares que faziam a segurança no estádio e testemunhas teriam confirmado o ato do uruguaio.
Vargas foi conduzido ao 24º Distrito Policial, na Ponte Rasa, também zona leste paulistana, onde o caso foi registrado como preconceito de raça e cor. De acordo com a SSP, o homem prestou depoimento com auxílio de um tradutor.
Audiência de custódia
A audiência de custódia do uruguaio foi marcada para a tarde desta quarta-feira (12), no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
Segundo o Tribunal de Justiça, ainda não há previsão de horário para a sessão, que definirá se Vargas continuará detido ou será solto.
Multa para envolvidos em racismo
Em maio do ano passado, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) aumentou o valor da multa ao clube que estiver envolvido em caso de racismo em competições organizadas pela entidade. O valor passou de US$ 30 mil para US$ 100 mil (cerca de R$ 480 mil, na cotação atual).
Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.532, que tipifica a injúria racial como crime de racismo – que já era considerado delito no país pela Lei 7.716, de 1989. Com a sanção, a penalidade foi aumentada de um a três anos para de dois a cinco anos de reclusão.
*Edição: Artur Mamede, com informações da Agência Brasil