A Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar iniciou, neste sábado (15), o Calendário Especial de Reposição das aulas suspensas durante o período de greve dos professores no Amazonas. Para o Ensino Regular, as reposições acontecerão durante 13 sábados, até o mês de outubro. Já para os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a reposição será até o dia 28 de julho.
O Calendário Especial foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação do Amazonas (CEE-AM), por meio da Resolução 079/2023. Será executado tanto nas escolas das capitais quanto do interior.
As datas referem-se aos dias de paralisação dos profissionais da educação, que ocorreram entre maio e junho deste ano. Para o Ensino Regular, serão utilizados 11 sábados de reposição: 15 e 22 de julho; 05, 12, 19 e 26 de agosto; 2,16 e 23 de setembro; e 7 e 21 de outubro. Para o EJA, serão dias corridos de 14 a 28 de julho.
Na manhã deste sábado, a Secretaria Executiva Adjunta Pedagógica (Seap) acompanhou o primeiro dia de reposição das aulas. Segundo a diretora do Departamento de Políticas Públicas Educacionais (Deppe), Adriana Antonaccio, o objetivo é que, a partir de agora, os alunos tenham os “direitos de aprendizagem repostos, pois é preciso garantir o cumprimento dos 200 dias letivos conforme o artigo 24 da Lei de Diretrizes e Base”, afirma.
“Montamos um calendário para mais de 470 escolas que paralisaram durante a greve. Lembramos também que esse calendário foi aprovado pelo CEE-AM, dando todo o respaldo necessário para que possamos começar essa operalização”, afirma a diretora. Os professores pararam por 13 dias de ministrar aulas, no que resultou no reajuste salarial de 15,19%.
Capital
O Centro Educacional de Educação Integral (CETI) Gilberto Mestrinho, no Educandos, zona sul da capital, foi uma das escolas de Manaus a cumprir o primeiro dia do calendário especial. De acordo com a gestora Larissa Tamys, os professores e alunos estão cientes da importância dessa reposição por direito, principalmente devido às avaliações restantes no ano, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e demais vestibulares.
“É um dia letivo normal, então aqui os alunos têm o café da manhã, almoço, lanche da tarde, tudo dentro da normalidade. Os alunos estão tendo aula dentro do que foi planejado pelos professores. Estamos garantindo a oferta das disciplinas normalmente, tendo em vista, principalmente, as avaliações que estão vindo”, ressalta a gestora.
Aluno da 3ª série do Ensino Médio do Ceti, João Fernandes, de 18 anos, destaca que, como finalista, utilizará as aulas aos sábados para somar aos estudos para as avaliações dos vestibulares que irá prestar, como Sistema de Ingresso Seriado (SIS), da Universidade do Estado do Amazonas; Processo Seletivo Contínuo (PSC), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam); e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
“Agora que está vindo o Sis, PSC e Enem, a gente precisa dessa reposição para que a gente não fique tão atrasado. A gente já está vindo de uma pandemia, então precisamos aproveitar essas aulas até outubro para conseguir fazer um bom Enem e tirar boas notas”, diz o aluno.
Interior
Ainda na manhã deste sábado, a secretária executiva adjunta do Interior, Ana Maria Araújo, acompanhou as aulas no município de Iranduba (distante 27 quilômetros da capital), nas Escolas Estaduais (EE) Elias Novoa e Senador João Bosco. O calendário especial será aplicado em todos os municípios, nas escolas onde houve paralisação.
De modo geral, as escolas que não aderiram à paralisação devem cumprir o Calendário Escolar Oficial de 2023. No caso da EJA, as unidades de ensino que não aderiram à paralisação devem aguardar o cumprimento do Calendário Especial de Reposição para dar início ao 2º semestre, juntamente com as demais turmas, obedecendo ao período de Rematrícula e Matrícula.
*Com informações da assessoria