Os 13 integrantes de facções criminosas que estão em presídios estaduais do Amazonas serão transferidos para penitenciárias federais. A medida é para prevenir o agravamento da crise de segurança pública envolvendo disputa entre facções nos presídios do estado.
“Com isso, se intensifica a colaboração do governo federal com o enfrentamento dessa crise no sistema penitenciário e na segurança pública e a prevenção de uma crise mais aguda na segurança pública do estado do Amazonas”, disse nesta segunda-feira (24), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Na última semana, foi realizada uma vistoria geral nas penitenciárias do estado, após a morte de um detento dentro do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat). Houve ainda a suspensão das visitas presenciais em todas as unidades prisionais de Manaus.
Entenda o contexto
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), em conjunto com a Polícia Militar, realizaram revistas nas unidades prisionais do Amazonas na última quarta-feira (19). A iniciativa não encontrou materiais ilícitos nos presídios.
De acordo com a Seap, a revista está “prevista no Procedimento Operacional Padrão, que prevê a ativação da Operação Cérberus com o objetivo de preservar a ordem e a estabilidade do sistema penitenciário”, alegou a secretaria.
Além disso, no último dia 14, o secretário Paulo César Guimarães de Oliveira Júnior, titular da Seap, havia assinado uma portaria que previa a suspensão, pelo prazo de 30 dias, das visitas em todas as unidades prisionais da capital.
As medidas foram tomadas após a morte de Daniel da Silva Ramos, de 21 anos, no Ipat. A Seap confirmou que o incidente foi decorrente de uma briga e afirmou ainda, que a vítima foi encaminhada ao Hospital Delphina Aziz, na zona norte da capital, mas que não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade hospitalar.
*Com informações da Agência Brasil