O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, vão se reunir com líderes na Câmara dos Deputados na próxima segunda-feira (21). O objetivo é diminuir a tensão entre parlamentares, tendo em vista que no ramo da política, está em processo o Arcabouço Fiscal.
De acordo com Lira em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados informou que a próxima votação do novo Arcabouço Fiscal será na próxima terça-feira(22).
Atualmente, o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na correção das metas do novo arcabouço fiscal é o principal ponto que trava a votação da proposta pela segunda vez na Câmara dos Deputados.
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Medidas Provisórias
O ministro prometeu ligar para Lira para relatar o encontro com Pacheco. E pôr à disposição dos líderes partidários os técnicos do Ministério da Fazenda para esclarecer pontos. Em suma, esses fatores são sobre duas medidas provisórias (MP) aprovadas pela comissão especial do Senado e que foram remetidas a votação pelo plenário da Câmara.
As medidas provisórias remetidas à Câmara são a MP 1.172, que atualiza a tabela do Imposto de Renda e aumenta o salário mínimo, e a MP 1.171, que institui a tributação de offshores, empresas de investimento no exterior.
“Vou ligar para ele [Arthur Lira] dando meu testemunho do meu encontro com o presidente do Senado e colocando, como sempre fazemos, a equipe técnica do Ministério da Fazenda à disposição dos líderes. Para que se tome conhecimento, inclusive, dos aperfeiçoamentos que foram feitos pela comissão especial, que não foram poucos. Foram 17 emendas acatadas, que deram mais clareza para o texto e mais justiça tributária”, declarou Haddad após a reunião com Pacheco.
Reunião adiada
A reunião entre Haddad, Lira, líderes partidários, técnicos da equipe econômica e técnicos da Comissão Mista de Orçamento, era para ter ocorrido na última segunda-feira, porém foi adiada após uma declaração de Haddad ao jornalista Reinaldo Azevedo.
Na entrevista, que foi ao ar na segunda, o ministro disse que a Câmara “está com um poder muito grande” e que a Casa não poderia usá-lo para “humilhar” o Senado e o Poder Executivo.
No fim da tarde do mesmo dia, Haddad esclareceu que se referiu à mudança do presidencialismo de coalizão nos últimos anos e que não pretendia criticar Lira.