O furacão Lee se tornou uma grande tempestade de categoria 5 no final da noite de quinta-feira (7), com ventos de 257 km/h, de acordo com alerta do Centro Nacional de Furacões. Ele ainda está no oceano Atlântico, a leste do Caribe.
Lee era uma tempestade de categoria 1 no começo desta quinta e tem se intensificado com grande velocidade nas águas quentes do Oceano Atlântico, dobrando a velocidade de seus ventos nas últimas 24 h.
O furacão está localizado a cerca de 1.126 km a Leste do Norte das Ilhas Leeward, disse o Centro Nacional de Furacões em atualização às 23h de quinta.
A tempestade provavelmente atingirá seu pico de intensidade neste fim de semana e ainda se espera que seja um furacão perigoso sobre o Sudoeste do Atlântico no início da próxima semana, embora seja muito cedo para saber se este sistema terá impacto direto na parte continental dos Estados Unidos.
Ondas perigosas e correntes de retorno se espalharão pelo norte do Caribe na sexta e começarão a afetar os Estados Unidos no domingo (10), disse o centro.
Especialistas acreditam que o centro do furacão Lee passará pelo norte das Ilhas Leeward, das Ilhas Virgens e de Porto Rico neste fim de semana e no início da próxima semana.
Condições de tempestade tropical, ondas com risco à vida e correntes de retorno podem ocorrer em algumas dessas ilhas durante o fim de semana.
Também na quinta-feira, uma depressão tropical no Atlântico oriental transformou-se na tempestade tropical Margot, apenas algumas centenas de quilômetros a oeste das ilhas de Cabo Verde, segundo o centro de furacões.
A tempestade Margot tem atualmente ventos de 64 km/h e espera-se um fortalecimento constante – o centro prevê que ele se tornará um furacão no fim de semana.
A previsão mostra a tempestade virando para o norte sobre o Atlântico central no início da próxima semana, mas não se espera que ameace nenhuma área terrestre a partir de quinta-feira.
As tendências dos modelos feitos por computador para o furacão Lee mostraram que ele se dirigirá para o norte no início da próxima semana. Mas exatamente quando isso ocorrerá e até que ponto a oeste Lee conseguirá ir terá um papel fundamental na distância que chegará dos Estados Unidos.
Há dois cenários potenciais que os meteorologistas estão observando para saber como a ameaça aos EUA poderia se desenrolar.
Quão perto o furacão Lee chegará dos EUA?
Vários fatores de direção na superfície e nos níveis superiores da atmosfera determinarão o quão perto o furacão Lee chegará da costa Leste dos EUA.
Uma área de alta pressão sobre o Atlântico, conhecida como Bermuda High, terá uma grande influência na rapidez com que Lee gira. Espera-se que o Bermuda High permaneça muito forte no fim de semana, o que manterá Lee em sua atual rota Oeste-Noroeste e o desacelerará um pouco.
À medida que a alta pressão enfraquecer na próxima semana, isso permitirá que Lee comece a se mover para o Norte.
Assim que ocorrer essa virada para o Norte, a posição da corrente de jato — fortes ventos de níveis superiores que podem mudar a direção da trajetória de um furacão — influenciará a proximidade de Lee com os EUA.
Cenário 1: Mar adentro
Lee poderá fazer uma curva rápida para o Norte no início da próxima semana se a alta pressão enfraquecer significativamente.
Se a corrente de jato se estabelecer ao longo da costa Leste dos EUA, ela atuará como uma barreira que impedirá Lee de se aproximar da costa. Este cenário manteria Lee mais longe dos EUA, mas poderia aproximar a tempestade das Bermudas.
Cenário 2: Perto da costa Leste
Lee poderia fazer uma curva mais lenta para o Norte porque a alta pressão permanece robusta e a corrente de jato se instala mais para o interior, sobre o Leste dos EUA.
Este cenário deixaria partes da costa Leste, principalmente ao Norte das Carolinas, vulneráveis a uma abordagem muito mais próxima de Lee.
Todos esses fatores ainda não foram alcançados, e o furacão ainda está a, pelo menos, sete dias de ser uma ameaça para a costa Leste dos EUA. Qualquer impacto potencial nos EUA ficará mais claro à medida que Lee se deslocar nos próximos dias.
*Com informações CNN Brasil