Em nota oficial, publicada nesta segunda-feira (11), a Federação Amazonense de Futebol (FAF) criticou a indisponibilidade do Assistente de Arbitragem de Vídeo (VAR, do inglês Video Assistant Referee) durante toda a partida entre Amazonas FC e Paysandu e lamentou a confusão que deixou um jogador do time paraense com o nariz fraturado.
Na Arena da Amazônia, no último sábado (9), o time paraense contou com um pênalti no início do primeiro tempo e uma expulsão, no início do segundo, para sair com a vitória por 1 a 0 fora de casa, nesta segunda partida do quadrangular final da Série C do Campeonato Brasileiro.
Com a anulação de uma penalidade máxima para a Onça-Pintada da zona leste, aos 48 minutos da etapa complementar, o VAR terminou a partida em evidência e recebeu críticas por meio de uma nota oficial do clube e também da FAF.
No comunicado, a federação destaca que tem o compromisso com “os princípios do fair play, da integridade esportiva e da ética desportiva” e que, na visão do jogo, a chegada do VAR apenas no segundo tempo afetou “significativamente” o resultado final.
“Estamos comprometidos em buscar as devidas explicações e garantir que situações similares sejam evitadas no futuro. Tomaremos medidas junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para identificar os responsáveis pela ausência do VAR no primeiro tempo e avaliar as razções desse ocorrido”, diz a nota.
Segundo o Amazonas FC, “a decisão de iniciar o jogo sem a ferramenta até os 36 minutos do primeiro tempo causou desequilíbrio técnico nas decisões tomadas pela péssima arbitragem, comandada pelo baiano Marielson Alves Silva”, diz.
“Vale lembrar que, por conta disso, o pênalti que deu a vitória ao adversário não foi revisado, enquanto o que foi marcado a nosso favor contou com interferência direta do ábitro de vídeo, ferindo por completo o princípio de isonomia”, afirma o clube.
Ainda no posicionamento, o clube manauara argumenta que o VAR não funcionou devidamente neste confronto e também na primeira partida do quadrangular, contra o Botafogo (PB). “O pênalti marcado para os donos da casa contou com imagens inconclusivas para uma tomada de decisão assertiva da arbitragem. Ontem [no sábado], o VAR demorou cerca de 10 minutos para traçar linhas e detectar um possível – e não claro – impedimento na jogada que culminou com a marcação da penalidade ao nosso favor”, completa.
Nota de cá, nota de lá
Se o Amazonas FC emitiu uma nota oficial contestando as decisões do VAR, o Paysandu fez o mesmo, mas condenando a confusão que aconteceu antes do apito final. Depois da revogação do pênalti, um vídeo mostra membros da diretoria do clube manauara envolvidos em brigas com integrantes do time paraense.
“Naylhor foi atacado com um soco pelas costas na região do nariz. […] Também pelas costas, Thomaz Lucena levou um soco próximo da boca. O Paysandu Sport Club reitera que jamais irá coadunar com quaisquer atos violentos e não vai medir esforços, por seu Departamento Jurídico, para que, ao final, os responsáveis sejam punidos pela autoridades competentes”, diz o comunicado.
O incidente deixou o jogo, que já havia sido interrompido pela lenta revisão da arbitragem no lance de impedimento, novamente parado até que o ábitro retomasse as rédeas do confronto. Também por meio de um pronunciamento oficial, o Paysandu informou, nesta segunda-feira, que o zagueiro Naylhor “teve fratura na região nasal devido às agressões sofridas durante a partida contra o Amazonas” e que, apesar do cuidado com a região por cinco dias, segue a programação de treinos normalmente.
No comunicado onde critica a atuação do VAR, o Amazonas FC cita o ocorrido como “confusão generalizada” e diz que vai apurar os fatos para encaminhar às autoridades competentes. “Ressaltamos que a delegação do Paysandu foi tratada de maneira cordial, inclusive com a disponibilidade de segurança particular para controle da equipe”, completa a nota.
Já a FAF, pontuou lamentar “profundamente” o confronto físico e expressou solidariedade a Claudio Nobre, Diretor de Competições da instituição, que segundo a federação também foi alvo de agressão ao fim da partida.
“Nossos esforços continuam voltados para a preservação da integridade do futebol e a proteção de todos que participam deste esporte, sejam atletas, membros da comissão técenica ou torcedores. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para garantir que o futebol no Amazonas seja um ambiente de competição justa e respeito mútuo”, completa a FAF.
Nota oficial da FAF
Comunicamos que a Federação Amazonense de Futebol (FAF) foi informada dos acontecimentos durante a partida entre as equipes Amazonas e Paysandu-PA, realizada no dia 09 de setembro de 2023, na Arena da Amazônia, válida pela segunda rodada do quadrangular final do Campeonato Brasileiro Série C e eventos que requerem nossa atenção.
Antes de tudo, reforçamos nosso firme compromisso com os princípios do fair play, da integridade esportiva e da ética desportiva, valores fundamentais para nós. É com grande preocupação que destacamos um aspecto crucial desses eventos: a indisponibilidade do sistema VAR durante todo o primeiro tempo da partida. O VAR, que desempenha um papel vital na revisão de lances críticos, não esteve operacional até o segundo tempo da partida, o que afetou significativamente o andamento do jogo e, consequentemente, a revisão do lance do pênalti em desfavor do Amazonas.
Reafirmamos nossa convicção de que todos os jogos devem ser conduzidos com equidade e rigor, independentemente das circunstâncias. A ausência do VAR no primeiro tempo é um fato que merece nossa atenção, e estamos comprometidos em buscar as devidas explicações e garantir que situações similares sejam evitadas no futuro. Tomaremos medidas junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para identificar os responsáveis pela ausência do VAR no primeiro tempo e avaliar as razões desse ocorrido.
Além disso, lamentamos profundamente os incidentes que surgiram após a anulação do pênalti, resultando em tumultos físicos na entrada do túnel de acesso aos vestiários. Salientamos veementemente que a violência não possui espaço no esporte e reiteramos nossa repulsa a qualquer conduta que ameace a integridade física dos envolvidos. Expressamos nossa solidariedade ao nosso Diretor de Competições, Claudio Nobre, que foi alvo de agressão durante a confusão.
Nossos esforços continuam voltados para a preservação da integridade do futebol e a proteção de todos que participam deste esporte, sejam atletas, membros da comissão técnica ou torcedores. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para garantir que o futebol no Amazonas seja um ambiente de competição justa e respeito mútuo. Agradecemos a compreensão e o apoio de todos aqueles que compartilham de nossos valores e que estão comprometidos com o crescimento e o desenvolvimento do esporte em nossa região.
Nota oficial do Amazonas FC
O Amazonas FC vem a público contestar a utilização do VAR durante a partida diante do Paysandu, válida pela segunda rodada do quadrangular final da Série C, disputada no último sábado (9), na Arena da Amazônia. O clube entende que a decisão de iniciar o jogo sem a ferramenta até os 36 minutos do primeiro tempo, causou desequilíbrio técnico nas decisões tomadas pela péssima arbitragem, comandada pelo baiano Marielson Alves Silva.
Não é razoável que, uma partida marcada para acontecer há duas semanas, e sabido por todos que seria obrigado a utilização do VAR, receba a peça que faltava para o funcionamento da ferramenta com a bola rolando. Vale lembrar que, por conta disso, o pênalti que deu a vitória ao adversário não foi revisado, enquanto o que foi marcado ao nosso favor contou com interferência direta do árbitro de vídeo, ferindo, por completo, o princípio da isonomia.
Pela segunda partida consecutiva, na fase decisiva da competição, o clube entende que não houve um bom funcionamento da ferramenta. Diante do Botafogo, em João Pessoa (PB), o pênalti marcado para os donos da casa contou com imagens inconclusivas para uma tomada de decisão assertiva da arbitragem. Ontem, o VAR demorou cerca de 10 minutos para traçar linhas e detectar um possível – e não claro – impedimento na jogada que culminou com a marcação da penalidade ao nosso favor.
Por fim, o clube lamenta a confusão generalizada ocorrida próximo ao túnel de acesso ao gramado do estádio. Ressaltamos que a delegação do Paysandu foi tratada de maneira cordial, inclusive, com a disponibilidade de segurança particular para controle da equipe. Os fatos serão apurados e encaminhados às autoridades competentes.
Nota oficial do Paysandu
O Paysandu Sport Club repudia veementemente as agressões praticadas de forma covarde contra o atleta Naylhor e contra o preparador físico Thomaz Lucena, durante o segundo tempo da partida diante do Amazonas, na Arena da Amazônia, pela segunda rodada do quadrangular do Campeonato Brasileiro da Série C, disputada na tarde deste sábado (9).
Naylhor foi atacado com um soco pelas costas na região do nariz. O zagueiro será submetido a exames para verificar se houve fratura na região. Também pelas costas, Thomaz Lucena levou um soco próximo da boca.
O Paysandu Sport Club reitera que jamais irá coadunar com quaisquer atos violentos e não vai medir esforços, por seu Departamento Jurídico, para que, ao final, os responsáveis sejam punidos pela autoridades competentes.