O Ibovespa fechou em alta de 0,18% nesta quarta-feira (13), aos 118.175 pontos, acompanhando, majoritariamente, o movimento das Bolsas americanas.
Em Nova York, S&P 500 e Nasdaq tiveram leves altas de, respectivamente, 0,12% e 0,29%. O Dow Jones, contudo, fechou em queda de 0,20%.
“Nesta quarta-feira, as ações em Wall Street e no Brasil subiram, à medida que dados nos Estados Unidos mostraram um aumento moderado nos preços ao consumidor em agosto, aumentando as expectativas de que o Federal Reserve mantenha inalterado o patamar dos juros básicos por lá – em 5,25% a 5,5% ao ano”, explica Antonio Sanches, analista da Rico.
“A decisão da taxa de juros americana ocorrerá na próxima quarta e deverá permanecer em destaque para os investidores, dada sua importância na avaliação e precificação de ativos financeiros ao redor do mundo”, completa, mencionando também o Coppom (Comitê de Política Monetária), que também se dá na próxima quarta.
Hoje, a inflação norte-americana, medida pelo CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês), teve leitura de alta de 0,6% agosto, dentro do consenso do mercado, mas acelerando frente ao avanço de 0,2% de julho. No entanto, a percepção do mercado foi que o aumento dos preços foi puxado majoritariamente pelos combustíveis e não deve mudar os planos do Federal Reserve.
Os treasuries yields para dez anos fecharam estáveis, a 4,254%. Os para dois anos perderam 2,5 pontos, a 4,98%.
A curva de juros brasileira acompanhou a queda. Os DIs para 2024 ficaram estáveis, aos 12,30%, mas os para 2025 perderam cinco pontos-base, a 10,38%. As taxas dos contratos para 2027 recuaram cinco pontos, a 10,25%, e bem como as dos contratos para 2029, que foram a 10,80%. Os DIs para 2031 ficaram em 11,11%, com menos cinco pontos.
Ibovespa: Ações que puxam a alta
Com o recuo da curva de juros brasileira, as varejistas, empresas de crescimento e ligadas ao mercado interno foram destaques do Ibovespa. As ações ordinárias da Locaweb (LWSA3) subiram 3,20%, as da Arezzo (ARZZ3), 2,35%, e as do Carrefour (CRFB3), 3,97%.
“O setor de varejo também tem mais um dia otimista estimulado pela queda dos juros futuros, que respondem bem após dados do IPCA que vieram melhores que o esperado”, diz Fabio Louzada, fundador da Eu me banco.
O dólar, por fim, perdeu força frente ao real, com queda de 0,72%, a R$ 4,917 na compra e na venda.
*Com informações Infomoney