A companhia Backstage Studio de Dança, de Manaus, comemorou o aniversário de 15 anos em grande estilo: com uma apresentação na renomada Times Square, no coração de Nova Iorque (EUA). No último sábado (30), 11 bailarinas levaram a coreografia “Made in Brazil” e a energia amazonense a este que é um dos maiores palcos do mundo a céu aberto.
Rafaela Guedes, Valentina Nijenhuis, Marjorie Belmont, Liz Monteiro, Giulia Monteiro, Mariana Santos, Rafaela Romano, Bianca Pacífico, Nicole Amazonas, Ana Rosa Carvalhosa e Raica Castro foram as responsáveis pela performance de hip-hop da Backstage.
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Desde 2017, o grupo de dança apresenta-se internacionalmente e ajuda a levar a cultura amazônica mundo afora. O projeto internacional, liderado pelas diretoras Raissa Castro e Amanda Souza, teve o ato mais recente iniciado há sete meses.
Raíssa conta como surgiu a iniciativa da apresentação na Times Square. “A última vez que a nossa escola dançou internacionalmente foi em 2019 e aí, nós tínhamos um projeto em 2020 que foi colocado na gaveta devido a pandemia. Então a gente ficou na espera e enquanto a gente aguardava essa viagem para Disney, a gente teve um uma nova ideia, né? De mudar, né? De voltar pra outro rumo que seria comemorar os quinze anos da escola em Nova Iorque, um lugar onde nunca tínhamos ido”, disse.
Trazer experiência
A ideia, segundo Raíssa, era de abrir, trazer essa experiência aos alunos que nunca tinham conhecido Nova Iorque para participarem de workshops, fazer fit tour, assistir os musicais e conhecer uma das escolas mais renomadas de dança.
“Então a ideia foi uma espécie de celebração, que culminasse numa apresentação na Times Square. De forma que simbolizasse essa celebração de quinze anos da escola. Então essa foi a ideia inicial. Do projeto que a gente vinha alimentando por mais de um ano. Foi uma viagem maravilhosa e inesquecível”, conta a diretora.
Raíssa faz uma avaliação da apresentação e comenta sobre a sensação de ver o grupo representando o Amazonas internacionalmente. “Sobre a avaliação da apresentação, assim é até difícil de falar, porque quando a gente estava ali no meio da Times Square, e as pessoas começaram a ficar em volta da gente, enquanto as meninas se posicionavam, a gente ali fazendo a nossa concentração, foi algo muito forte, muito emocionante. Os pais estavam chorosos, e nós também como professoras”, afirma Raíssa lembrando de Amanda Santos, a outra diretora da companhia.
A sensação de parar a Times Square e fazer com que todo mundo prestasse atenção, foi segundo Raíssa, “indescritível”. “A sensação de passar nossa pequena história, através da música brasileira, é indescritível. Ali ninguém sabia que a gente era especificamente do Amazonas, porque a gente levou músicas que lembram o Brasil, mas não necessariamente a nossa. E isso já foi muito especial. Levar essa brasilidade para a Times Square, que é um ponto que tem diversas culturas, diversas pessoas de diversos países, inclusive brasileiros, e as pessoas filmando ali o momento, tendo esse registro, né? Foi muito especial mesmo”, destaca.
Feito inédito
“Tenho muito orgulho de dizer que nós somos a única escola de Manaus que já foi dançar internacionalmente. Dançamos na Disney de Orlando duas vezes e uma na Disney de Los Angeles. E agora fomos dançar em Nova, nenhuma outra escola de Manaus viveu essa oportunidade, essa experiência. Então, a gente tem muito orgulho de estar representando nossa cidade, nosso estado, internacionalmente”, comenta Raíssa.
Os integrantes da companhia já vivem uma nova expectativa, conta a diretora. “Pelo menos aqui, na nossa escola, está todo mundo se perguntando: ‘o que que vai rolar em 2024? Porque eu quero viver essa experiência’. Foi muito grande mesmo viver o que a gente viveu, apesar dos perrengues que a gente passou em Nova Iorque. Muita chuva, alagamento, frio. Mas ter visto o que os nossos alunos viveram ali em Nova Iorque criando elos, formando novas amizades, vivendo conforme a idade de cada um, né? E criando autonomia, responsabilidades, aquele senso de grupo, de um ajudar o outro, os compromissos, enfim, porque de certa forma, a dança é só a nossa cereja do bolo. Então acho que carimbar esses quinze anos de escola em Nova Iorque, é com certeza um dos ápices da nossa história”, ressalta.
Integrante da companhia, Marjorie Belmont Bo, trocou a festa de 15 anos pela apresentação. Mas a sensação de levar o Amazonas a lugares de destaque internacional, por meio da dança, é um presente maior.
“Foi muito especial. Uma experiência única. Poder representar o Brasil, o Amazonas e a nossa escola de dança, especialmente pelo Back estar fazendo quinze anos, assim como eu. A apresentação na Times Square, os workshops na Broadway, o contato com os bailarinos, a cidade, os pontos turísticos. Como a gente diz no Back, ‘dança é vida’”, comemora Marjorie.