A Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas, liderada pelo desembargador Jomar Fernandes, teve a sede transferida provisoriamente para a Comarca de Tabatinga (distante 1.108 km de Manaus), na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. A medida, segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), pretende fortalecer a presença do Poder Judiciário na calha do Alto Solimões por conta da estiagem histórica no estado, que tem deixado municípios amazonenses em situação de emergência.
“Com a mudança da sede para Tabatinga, estamos acompanhando de perto os efeitos dessa estiagem devastadora e a nossa intenção é colaborar para facilitar o acesso aos serviços do Judiciário a essa população mais sofrida, fortalecendo a presença do Judiciário nessa região”, comenta Jomar Fernandes.
O magistrado lembrou ainda que a região, principalmente nesse momento de seca, tem inúmeros desafios logísticos, precisando de vários tipos de transporte para chegar em determinadas localidades. “Para alcançar nossos objetivos, a Corregedoria estabeleceu uma colaboração estreita com as Polícias Federal e Militar, que têm desempenhado um papel fundamental no apoio a essas atividades”, acrescenta o desembargador.
O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Umberto Rodrigues, disse que a PF tem buscado um diálogo constante e profícuo com as instituições no Estado, dentre elas as que integram o sistema de justiça. Rodrigues lembrou do Termo de Cooperação Técnica firmado recentemente entre o TJAM, CGJ e PF.
“O objetivo desse TC foi de compartilhar bases de dados, boas práticas e capacitação. A iniciativa tem permitido que a PF e o Judiciário, por meio da Corregedoria, desenvolvam projetos investigativos relevantes, como o que resultou na desarticulação de organização criminosa que traficava indígenas de São Gabriel da Cachoeira para a Turquia. Nesta semana, a PF em Tabatinga está colaborando com a Corregedoria nessa grande ação do Judiciário na calha do Alto Solimões”, explica o superintendente.
*Com informações da assessoria