A operação “Fronteira de Ouro”, que contou com a participação de agentes da Polícia Federal (PF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Nacional da Colômbia, atuou no combate ao garimpo ilegal na região fronteiriça do Brasil, ao norte do Amazonas.
A ação aconteceu de sexta-feira (1º) a domingo (3). Segundo a PF, teve como objetivo prevenir e reprimir a extração ilegal de minério de ouro no leito dos rios transfronteiriços do território brasileiro e colombiano, mais especificamente nos municípios de Japurá (a 744 quilômetros de Manaus) e Santo Antônio do Içá (a 878 km).
“Tendo em vista a impossibilidade de remoção do local de difícil acesso, foram inutilizadas sete dragas grandes, uma embarcação, uma retro[escavadeira] e uma balsa de combustível, que eram empregadas na extração ilegal do minério na região”, informa a Polícia Federal.
A ação também contou com o trabalho de explosivistas policiais e agentes do Ibama. Na Colômbia, a iniciativa foi conduzida pelo efetivo da Polícia Nacional para dar apoio e realizar a operação de cunho internacional concomitantemente.
Garimpo ilegal em japurá
Ainda em junho deste ano, a Polícia Federal apontou o envolvimento de militares de alta patente do Exército em um esquema de vazamento de informações sobre operações para combater garimpos ilegais em Japurá.
As investigações tiveram início em outubro de 2020, com a prisão de duas pessoas que tentavam transportar ouro sem qualquer documentação que comprovasse a origem do minério, que foi avaliado em R$ 18,6 mil. Assim, a PF identificou indícios de uma extensa rede de exploração ilegal.
Segundo a Polícia Federal, os militares recebiam valores regulares de uma empresa de importação e exportação de minérios. Em troca, um oficial supostamente repassaria informações privilegiadas e antecipadas para outras pessoas do grupo criminoso.
Os envolvidos aproveitavam a dificuldade de fiscalização ambiental na região para cometer os crimes. Em nota, o Exército Brasileiro confirmou que um inquérito policial militar foi instaurado para apurar o envolvimento do oficial, mas ponderou que o caso corre em segredo de Justiça e que não ira se pronunciar sobre a investigação.
*Com informações da assessoria