BRASIL – A história da política brasileira em 2023 será contada como o ano em que prédios públicos foram invadidos apenas 8 dias após a volta de Lula ao poder, primeiro brasileiro a ocupar três vezes a Presidência da República na história.
Como recordar é viver, vamos marcas alguns dos principais pontos do ano na política brasileira neste especial de fim de ano.
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O domingo que o Brasil não vai esquecer. A invasão aos prédios dos Três poderes em Brasília até hoje tem desdobramentos. Depredação, vandalismo e troca de acusações entre oposição e governo perduram até hoje.
Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal foram depredados em uma ação orquestrada pelas redes sociais, que nenhuma autoridade foi capaz de prever ou agir para que o patrimônio público não fosse destruído e a democracia manchada por imagens tenebrosas.
Os ataques deixaram prejuízos que já passam de R$ 20 milhões, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto e Congresso Nacional. No STF, o mais danificado, já foram desembolsados R$ 11,4 milhões para reformas e consertos das instalações. O Congresso já gastou R$ 4,9 milhões, sendo R$ 2,7 milhões na Câmara e R$ 2,2 milhões no Senado. E o Planalto, R$ 4,3 milhões. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
LULA NO PODER
O assunto de política com maior destaque no Google ao longo de 2023, considerando as buscas no Brasil, foi a posse do presidente Lula, segundo pesquisa divulgada pela plataforma com os assuntos mais pesquisados no ano.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) foram empossados presidente e vice-presidente da República, respectivamente.
A cerimônia aconteceu no período da tarde, no primeiro dia do ano, em Brasília, e passou por diversos prédios públicos federais assinados pelo arquiteto Oscar Niemeyer: Catedral de Brasília, Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Palácio do Itamaraty.
Apesar dos discursos emocionados, ao longo do ano o que se viu foi o petista precisando negociar cargos com partidos, criar 38 ministérios e ser pressionado por não entregar o que prometeu. Lula fechou o ano afirmando que precisou “arrumar a casa” e que em 2024 será o ano das entregas.
REFORMA TRIBUTÁRIA E ZFM
A Reforma Tributária que passou 30 anos parada no Congresso foi o grande marco do legislativo em 2023. Aprovada mantendo os direitos e benefícios da Zona Franca de Manaus, a proposta aprovado foi dita pelos políticos como “a possível”, mas não como a “ideal”.
Criticada por Bolsonaristas, no Senado ela foi relatada por Eduardo Braga.
Após a exlcuir a Cide, a reforma a Reforma optou pelo uso do IPI para manter os benefícios da ZFM, e foi comemorada como um “gol em final de Copa do Mundo” pelos amazonenses.
DINO NO STF
Mais uma vez o Poder Judiciário e os políticos entraram em rota de colisão. Mas no apagar das luzes do ano legislativo o Senado aprovou o nome de Flávio Dino para o STF, indicação de Lula que esquentou os ânimos entre luilistas e bolsonaristas.
Dino foi sabatinado, enfrentou as críticas dos apoiadores de Jair Bolsonaro e teve o currículo exaltado pela esquerda. Chamado de “comunista” ganhou de Lula o apelido de “comunista do bem”, contraponto ao “terrivelmente evangélico” criado por Bolsonaro quando indicou André Mendonça para a Corte.