Segundo o jornal espanhol El País desta quarta-feira(6), a Procuradoria em Madri pediu 4 anos e 9 meses de prisão do técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, por ter cometido uma suposta sonegação em 1.06 milhões de euros entre os anos de 2014 e 2015.
Ele é acusado de omitir o valor recebido por direitos de imagem nas declarações de renda por dois anos seguidos. A fraude teria ocorrido durante a primeira passagem do italiano pelo clube madrilenho, entre 2013 e 2015. A acusação alega que Ancelotti usou um esquema com empresas com operação “confusa”, “complexa” e “sem atividades verdadeiras” para enviar os recursos e, assim, “evitar a tributação dos rendimentos provenientes dos referidos direitos de imagem”.
O cálculo de mais de 1 milhão de euros em prejuízo ao erário foi feito pelo Tesouro Nacional. A acusação sustenta que o treinador, após assinar contrato com o Real Madrid, em 2013, repassou os direitos de imagem para a empresa Vapia Limited por um prazo de dez anos, num valor de 25 milhões de euros. Um dia depois, ele foi nomeado como representante da Vapia e “concedendo-lhe os máximos poderes de ação para gerir os seus direitos de imagem”. Depois, em uma data não definida, o contrato da cessão foi reduzido para 1 milhão de euros por três anos.
Em outro movimento, o Real Madrid foi informado posteriormente que o pagamento de 50% dos valores de direitos de imagem do treinador seriam feitos para uma segunda empresa, a Vapia LLP, sem previsão contratual. “Desta forma, o arguido (Ancelotti) utilizou a empresa Vapia LLP para que esta se apresentasse formalmente ao Real Madrid como titular dos direitos de imagem, embora nem sequer os tivesse sido formalmente atribuídos, uma vez que o referido contrato de transferência de 1 de julho de 2013 era com Vapia Limited”, afirma o Ministério Público espanhol. Ancelotti ainda não se manisfestou publicamente sobre a acusão.
O técnico deixou o Real Madrid em 2015 e voltou ao clube em 2021.