O principal grupo político da União Europeia, o Partido Popular Europeu (PPE), votou nesta quinta-feira (7) para endossar a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, como sua candidata para um segundo mandato.
A única candidata na votação do PPE, von der Leyen, listou a guerra na Ucrânia, a crise em Gaza desestabilizando o Oriente Médio e o crescimento da China como desafios-chave para UE formada por 27 países, um bloco rico de cerca de 450 milhões de pessoas.
“E aqui em casa, os amigos de Putin estão tentando reescrever nossa história e sequestrar nosso futuro. Eles estão espalhando ódio por trás de seus teclados. Que não haja dúvida do que está em jogo nesta eleição”, disse ela a uma bancada do partido em Bucareste.
“Nossa Europa pacífica e unida está sendo desafiada como nunca antes por populistas, nacionalistas, demagogos… eles querem pisar nos nossos valores e querem destruir nossa Europa.”
Ganhando muitos aplausos, von der Leyen prometeu avançar as economias da UE, reprimir os contrabandistas que impulsionam a imigração irregular para o bloco, fortalecer a competitividade, as empresas e apoiar os agricultores à medida que os custos de vida aumentam.
Ela prometeu mais ajuda financeira e militar à Ucrânia, que vem travando uma guerra contra uma Rússia invasora há mais de dois anos, e aumentar o poder de defesa da Europa.
“Prosperidade, segurança, democracia – é com isso que as pessoas se preocupam nesses tempos difíceis”, disse ela. “Em tempos de mudança, a Europa está do seu lado.”
A votação do PPE vem antes de uma eleição parlamentar em toda a UE em junho que levará à eleição de novos altos funcionários – incluindo o chefe da Comissão Europeia com sede em Bruxelas – para o bloco nos próximos cinco anos.
Atualmente vista como uma clara favorita para liderar a Comissão novamente, von der Leyen começaria um novo mandato enquanto a Europa busca fortalecer sua defesa e segurança, enquanto a Rússia trava uma guerra em suas fronteiras e Donald Trump olha para um retorno à Casa Branca.
Se for renomeada pelos líderes dos 27 países membros da UE, ela terá outro mandato para traçar as políticas do bloco sobre diversas questões, desde a regulamentação das “Big techs”, a triagem de investimentos chineses e sanções contra a Rússia.
Ursula von der Leyen
Uma ex-ministra da Defesa da Alemanha, von der Leyen, ajudou a orientar a UE nos últimos cinco anos, com desafios como a pandemia da COVID-19, a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 e uma crise energética.
Como a primeira mulher a ocupar o cargo, ela viu a Grã-Bretanha deixar a UE, colocou em lei metas climáticas e ambientais mais ambiciosas e supervisionou novos gastos maciços em energia, saúde e recuperação econômica pós-pandemia.