Um promotor do Supremo Tribunal da Espanha está buscando uma pena de prisão de 2 anos e meio para Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, por um suposto beijo forçado em Jenni Hermoso, mostra um documento judicial ao qual a Reuters teve acesso nesta quarta-feira (27).
A promotora Marta Durantez acusou Rubiales de agressão sexual e de coerção por suas supostas ações após o beijo, crimes que acarretariam penas de prisão de um ano e um ano e meio, respectivamente.
O caso aconteceu em 20 de agosto do ano passado, durante a cerimônia de premiação após o título da Espanha na Copa do Mundo Feminina em Sydney, na Austrália.
Hermoso e as companheiras de seleção disseram que o beijo foi indesejado e humilhante, mas Rubiales argumentou que foi consensual e negou qualquer irregularidade.
A promotoria também acusou o ex-técnico da Seleção Feminina da Espanha Jorge Vilda, o atual diretor esportivo da seleção, Albert Luque, e o chefe de marketing da federação, Ruben Rivera, de coagirem Hermoso a dizer que o beijo foi consensual.
Todos os três negaram qualquer irregularidade ao tribunal.
Durantez busca que Rubiales pague 50.000 euros (US$ 54.080, quase R$ 270 mil) por danos a Hermoso e outros 50.000 euros pagos conjuntamente por Rubiales, Vilda, Luque e Rivera.
Se o tribunal condenasse Rubiales e impusesse a sentença solicitada, ele não teria necessariamente de ir para a prisão.
O código penal espanhol permite que os juízes suspendam “excepcionalmente” a execução da pena se – como neste caso – nenhuma das penas impostas individualmente exceder dois anos.