MANAUS – A Câmara Municipal de Manaus (CMM) adiou para semana que vem a instauração e definição dos membros da CPI da Semcom. Vereadores precisam decidir quem vai presidir a chamada CPI do Caixa 2, quem será o relator e quem serão os memboros.
O presidente da CMM, vereador Caio André (UB), explicou ao final da sessão plenária desta terça-feira, 23 a motivação. “No dia de ontem (segunda-feira, 22) ficamos de reunir o colegiado de líderes para formarmos os membros da CPI mas, em função do horário, não tivemos oportunidade de fazê-lo. Bem como no dia de hoje, até por termos alguns vereadores viajando, representando esta Casa na marcha dos vereadores em Brasília, nós também não teremos essa possibilidade, aja vista que todos os líderes partidários precisam estar presentes para a escola dos membros. Então, a nossa composição está adiada para a próxima semana”, avisou Caio André.
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A definição ficará para a próxima segunda-feira, quando as sessões retornam na Casa. “Isso será feito de acordo com a proporcionalidade partidária, como é preconizado no nosso Regimento. Tivemos diversas trocas de partido pelos vereadores e essa nova composição partidária já será respeitada. A CPI gera um relatório final que é a conclusão dos trabalhos da comissão e isso gera um Projeto de Resolução, caso sejam comprovadas as irregularidades, esses culpados serão responsabilizados civil e talvez penalmente, a depender do que for concluído”, destacou Ruy Mendonça, procurador adjunto da CMM.
Além de Caio, assinaram o requerimento os vereadores William Alemão (Cidadania), Rodrigo Guedes (Podemos), Capitão Carpê (sem partido), Elissandro Bessa (Solidariedade), Jaildo Oliveira (PV), Raiff Matos (PL), Lissandro Breval (Avante), Diego Afonso (União Brasil), Thaysa Lippy (PP), Professora Jacqueline (UB), Marcelo Serafim (PSB), Everton Assis (UB) e Glória Carratte (PSB).
Prefeitura rebate
Desde que o polêmico vídeo que mostra supostamente um motorista de portal recebendo propina na Secom vazou, a Prefeitura tem negado a veracidade da imagem. O então secretário Israel Conte deixou o cargo e foi substituído por Jack Serafim, mas a polêmica não acabou.
Israel esteve na CMM no dia 20 de março. “[O motorista], obviamente, recebeu dinheiro ou pode ter recebido dinheiro para armar a confusão. De quem recebeu é a pergunta que não quer calar”, disse Israel. “O fato é que vivemos em uma época em que todo tipo de manipulação e distorção se tornou um instrumento de chantagem, de demolição de reputações, de baixaria explícita. Não por acaso, o uso das fake News, das deepfake, nessas eleições, é um dos temas que mais tem preocupado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e outros órgãos da nossa justiça”, completou Israel.