BRASÍLIA – O senador Sérgio Moro (UB) consegui unir PT e PL como não se vê todo dia na política do Brasil. Os partidos de Lula e Bolsonaro entraram com recurso no TSE para cassar o parlamentar, que foi absolvido no TRE por abuso de poder econômico.
A votação aconteceu no dia 9 de abril quando o TRE-PR formou maioria contra a cassação de Moro. O placar final ficou 5 votos a 2. Os sete desembargadores analisaram as ações do PL e da Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV, que acusaram Moro e os suplentes Luis Felipe Cunha e Ricardo Guerra de irregularidades.
Ao recorrer da decisão do tribunal, o PL argumentou que Moro e os suplentes foram favorecidos “pelo derrame de recursos financeiros em fase prematura do calendário eleitoral” e que os excessos “macularam o resultado das eleições”.
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O PL está de olho na vaga de Moro e já faz pesquisas para saber se Michelle Bolsonaro seira um bom nome para concorrer em uma possível eleição.
Já o PT afirmou que houve um desequilíbrio na disputa pelos gastos de campanha. De acordo com o partido é “evidente” que os demais pré-candidatos ao Senado do Paraná não dispuseram de tantos recursos quanto Moro e que não tinham a mesma estrutura de pessoal e marketing digital.
“Superar ou ignorar tamanho abuso seria medida de conivência com a ilegalidade e aceitar que no período de pré-campanha impera o ‘vale-tudo’ eleitoral”, menciona o PT. O partido de Lula tenta fazer a vontade do presidente, que já foi gravado dizendo que deseja pegar o ex-juiz da Lava Jato.
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Após receber os recursos, o TRE-PR deve abrir prazo para a defesa de Moro e dos suplentes. Após essa etapa, o caso deve ser enviado para julgamento no TSE.