A Boeing anunciou nesta terça-feira (14) que entregou 24 aviões comerciais no mês passado, uma queda de duas unidades em relação aos 26 despachados a clientes um ano antes, quando o total entregue já havia sido fraco.
A Boeing também informou que houve 33 cancelamentos de encomendas no mês, em grande parte devido ao encerramento das operações da companhia aérea canadense Lynx Air, responsável por 29 pedidos, disse a Boeing.
A fabricante norte-americana disse que está montando menos jatos MAX de corredor único para melhorar a qualidade da fabricação depois que, em 5 de janeiro, um pedaço da fuselagem de um jato 737 MAX 9 operado pela Alaska Airlines se desprendeu em pleno voo, expondo os passageiros ao ambiente externo.
A fabricante de aviões disse que entregou 16 jatos MAX, um a menos do que no mesmo mês de 2023, quando as entregas foram afetadas por um defeito de fabricação de um fornecedor.
A Reuters informou em abril que a taxa de produção mensal da Boeing caiu para apenas um dígito no final de março, bem abaixo do limite imposto pela Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) de 38 aviões por mês.
As entregas de aeronaves são observadas de perto por Wall Street porque é quando os fabricantes de aviões recebem dos clientes a maior parte do valor da venda dos aviões a eles.
A Boeing também informou que recebeu sete novos pedidos brutos em abril. Isso eleva o total até agora neste ano para 138 aviões. Excluindo cancelamentos e conversões, a carteira da Boeing tem total líquido de 100 encomendas desde o início de 2024.
Após outros ajustes contábeis para refletir a qualidade da carteira de pedidos, a Boeing relatou encomendas líquidas ajustadas de 127 aviões até o momento este ano.
A carteira de pedidos em atraso da Boeing diminuiu de 5.668 para 5.646 em 30 de abril.
No início deste mês, a rival europeia Airbus informou que entregou 61 aeronaves em abril, um aumento de 13% em relação ao mesmo mês de 2023, elevando as entregas até o momento neste ano para 203 aviões.