O líder nacionalista holandês Geert Wilders está prestes a fechar um acordo — possivelmente já nesta quarta-feira (15) — para formar o governo mais à direita da Holanda em décadas, quase seis meses após uma grande vitória eleitoral.
Wilders, que tem influenciado a política de imigração da Holanda a partir da oposição desde 2006 e é conhecido por suas opiniões francas sobre o Islamismo, deve anunciar uma coalizão de quatro partidos mais tarde.
As discussões têm se arrastado por meses desde a surpreendente vitória eleitoral de Wilders em 22 de novembro, com imigração, finanças e clima entre os principais pontos de atrito.
Um avanço foi alcançado em março, quando Wilders atenuou sua retórica anti-União Europeia e anti-islâmica, abriu mão de ascender ao cargo de primeiro-ministro e abandonou a oposição a todo apoio militar à Ucrânia.
“Não consigo ver isso fracassar”, disse Wilders aos repórteres, após 16 horas de negociações durante as quais as partes disseram ter chegado a um acordo sobre as finanças do governo.
Leia mais: Premiê da Holanda tem apoio de EUA e Reino Unido para liderar a OTAN
Ele disse aos jornalistas ao entrar nas reuniões desta quarta-feira: “Se tudo correr conforme o planejado hoje, será um ótimo resultado.”
Um veterano do Partido Trabalhista que liderou algumas das negociações da coalizão, Ronald Plasterk, foi apontado pela imprensa holandesa como um provável candidato para liderar um novo governo, mas isso não foi confirmado oficialmente.
O acordo deve reunir o VVD, partido de centro-direita do primeiro-ministro Mark Rutte, o novo partido centrista NSC e o novo partido de agricultores BBB em uma coalizão com uma forte maioria de 88 assentos na câmara baixa do Parlamento, de um total de 150 lugares.
Depois que Rutte anunciou sua saída da política holandesa no ano passado, Wilders aproveitou uma onda de sentimentos anti-imigração e anti-establishment para obter sua maior vitória eleitoral, culpando o fluxo de solicitantes de asilo pela falta de moradia.
Ele também reconheceu as preocupações generalizadas sobre o custo de vida e o sistema de saúde sobrecarregado.
Fonte: CNN.