A arrecadação total do governo federal somou R$ 228,873 bilhões em abril, o que representou uma alta real de 8,26% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o volume arrecadado alcançou R$ 886,642 bilhões, crescendo 8,33% ante o mesmo período de 2023.
Segundo os dados divulgados nesta terça-feira pela Receita Federal, esse é melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de abril quanto para o quadrimestre. Foi o quinto recorde mensal mês consecutivo.
Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 5,38% na
arrecadação do quadrimestre e de 7,38% na arrecadação do mês de abril.
Quanto às receitas administradas pela Receita Federal, que englobam a coleta de impostos de competência da União, o valor arrecadado em abril de 2024 somou R$ 213,301 bilhões, com alta de 9,08%, já descontada a inflação. No período de janeiro a abril de 2024, essa arrecadação alcançou R$ 838,073 (+8,36%).
Segundo a Receita, o acréscimo observado no período pode ser explicado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e pela tributação dos fundos exclusivos.
Os recordes de arrecadação ajudam o governo na busca pelo déficit primário zero neste ano. A equipe econômica tem contado essencialmente com ganhos de receita para melhorar a trajetória fiscal.
A arrecadação acima do esperado afasta riscos de contingenciamento do governo para assegurar o cumprimento da meta fiscal, embora também haja um teto para as despesas, o que gerou um bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento em março. A nova revisão das contas do governo, quando esses parâmetros são reavaliados, será anunciada na quarta-feira.