MANAUS – A polícia já sabe que Iarany de Souza Monteiro, de 29 anos, morta a tiros saindo da academia no bairro Novo Israel, Zona Norte de Manaus, na noite de quinta-feira (6), foi jurada de morta pelo chefe de uma facção de Manaus.
Agora os policiais apuram se a morte dela tem ligação com as ameaças. De acordo com a PC, Iarany trocou de facção e teria despertado o ódio dos criminosos. A moça desafiou a autoridade do bandido, trocou de facção e seguiu a vida normalmente. Acabou morta a tiros.
Ela havia sido presa em 2020 por tráfico de drogas. Na ocasião, a polícia prendeu Iarany e um grupo de suspeitos com 6 toneladas de drogas e R$ 3 milhões em espécie.
Nada foi levado dela na noite do crime, o que reforça a tese de execução. A prisão dela em 2020 foi histórica, pois configurou-se na maior apreensão de drogas da história do Amazonas.
O total da droga foi avaliado em R$ 100 milhões. O caso está sob a responsabilidade da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Casal preso por tortura
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), prendeu um casal na tarde de quinta-feira (06/06), investigado por tortura contra uma adolescente, de 12 anos. O crime, que aconteceu no bairro Compensa, zona oeste de Manaus, na segunda-feira (03/06), foi filmado e “viralizou” nas redes sociais.
No vídeo, a madrasta, de 30 anos, aparece agredindo brutalmente a adolescente. O pai da menina, com 34 anos, presenciou a cena e não fez nada para impedir, sendo também responsabilizado pelo mesmo crime.
Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (07/06), o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, destacou a celeridade das equipes policiais na elucidação desse caso, que causou revolta na população devido às circunstâncias em que ocorreu.
“Em menos de 48 horas após o conhecimento do crime, houve a prisão dos envolvidos, inclusive o pai que está entre os detidos nesta operação. Eu gostaria de agradecer ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que foram rápidos em emitir esses mandados de prisão durante o Plantão Criminal”, salientou o delegado-geral adjunto.
Diligências
A delegada Juliana Tuma, titular da Depca, relatou que as diligências iniciaram na terça-feira (04/06), após a equipe policial tomar conhecimento do vídeo que estava sendo amplamente divulgado nas redes sociais, mostrando a adolescente sendo intensamente torturada com ripadas por uma mulher.
“A partir de então, foram tomadas todas as providências para identificar se aquele vídeo realmente era aqui de Manaus. Uma vez identificado que o vídeo era daqui, a equipe policial prontamente saiu em diligências para identificar a vítima e localizá-la. Ela foi encontrada com a mãe, no bairro da Paz, zona centro-oeste, ainda bastante machucada e amedrontada, e levada à delegacia para ser ouvida”, explicou a delegada
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