Dois brasileiros na final do salto individual, em um dia memorável para o campeão olímpico Rodrigo Pessoa. Assim pode-se resumir o hipismo brasileiro nesta segunda-feira, 5, no circuito montado no Palácio de Versalhes. Na última prova da modalidade nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Stephan Barcha se classificou na 13ª posição e Rodrigo, em sua oitava participação olímpica, na 17ª – entre os 30 cavaleiros classificados para a decisão. Os dois zeraram o percurso, ou seja, passaram sem derrubar qualquer obstáculo.
“Nossa desclassificação por equipes, há alguns dias, foi uma grande decepção [a equipe brasileira foi eliminada por causa de um ferimento por espora no cavalo de Pedro Veniss]. Então, foram dois dias para se motivar novamente, mas o cavalo respondeu 100%, mesmo não tendo saltado aqui, e ainda bem que correu tudo dentro da expectativa”, comentou Rodrigo, dono de três medalhas olímpicas, incluindo o ouro em Atenas-2004, e que se tornou o recordista brasileiro em participações nos Jogos. Jaqueline Mourão também disputou oito Olimpíadas, mas entre edições de verão e inverno.
“Olimpíada é diferente, não é como qualquer campeonato no mundo. Mas, sabendo também da qualidade do cavalo que eu tenho, realmente me motivou, é um cavalo espetacular, muito talentoso, um dos melhores do mundo”, elogiou Rodrigo a sua montaria, Major Tom.
Quem também celebrou bastante foi Stephan Barcha, muito aplaudido ao zerar o percurso e passar para a final olímpica.
“Depois do que passou com as equipes, passamos a focar 100% no individual. No final, achei que um quatro pontos, médio rápido, talvez entrasse [entre os classificados], mas depois vi que não era bem isso, seria um risco muito grande ir pelo tempo, mas a Primavera estava num dia fantástico e trouxe esse zero para o Brasil”, comemorou Barcha, explicando a estratégia de buscar a classificação não pelo tempo, mas por não derrubar obstáculos e zerar o percurso.
Outro brasileiro na prova, Yuri Mansur, com o cavalo Miss Blue, chegou na 62ª posição e não avançou à final.