A JBS anunciou a distribuição de R$ 923,3 milhões em dividendos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dono de uma fatia de 20,8% da empresa. O total da distribuição feita pela empresa aos acionistas soma R$ 4,43 bilhões.
A distribuição eleva a 295% o retorno sobre o investimento inicial na JBS feito pelo banco, no total de R$ 8,1 bilhões, entre 2007 e 2011.
O BNDES já recebeu, no período de 2007 a 2023, R$ 14,73 bilhões entre dividendos e venda de ações. Somando as ações, com valor atual de R$ 17,2 bilhões, que o banco possui da empresa, o retorno total acumulado ao BNDES chega a R$ 23,9 bilhões.
Balanço JBS
A JBS registrou receita líquida recorde de R$ 100 bilhões no segundo trimestre do ano e o Ebitda mais que dobrou no período, alcançando R$ 9,9 bilhões. O lucro líquido da empresa foi de R$ 1,7 bilhão, enquanto a margem Ebitda atingiu 9,8%, quase o dobro da margem registrada no segundo trimestre do ano passado.
“O resultado demonstrou a força da plataforma global multiproteínas da Companhia, que permite navegar os ciclos naturais nos vários setores em que a JBS atua”, afirmou o CEO Global da companhia, Gilberto Tomazoni, em ligação com investidores na quarta-feira (15).
No segundo trimestre de 2024, 75% do Ebitda foi causado pelas operações de aves e suínos, com destaque para a Pilgrim’s, Seara e JBS USA Pork. Além disso, Austrália e JBS Brasil também registraram um desempenho notável.
A divulgação dos resultados também revelou que a JBS antecipou em seis meses o processo de desalavancagem planejado. Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024, a alavancagem em dólar caiu de 3,66x para 2,77x (dívida líquida/Ebitda).
Lucro do BNDES
O BNDES anunciou na terça-feira (13) uma alta de 94% no lucro líquido recorrente, que atingiu R$ 7,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024, ante o mesmo período de 2023.
Em junho deste ano, a carteira de participações societárias do banco totalizou R$ 82,5 bilhões, conforme a nota divulgada, e a JBS segue como uma das principais empresas investidas em termos de carteira total, ao lado de Petrobras, Eletrobras e COPEL.