No sábado (17/08), o Cineclube de Arte, promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, prestará homenagem a um dos maiores nomes da cultura amazônica: Márcio Gonçalves Bentes de Souza. A partir das 18h30, será exibido o documentário “Se Não Me Engano, Márcio Souza”, dirigido pelo cineasta e artista plástico Sergio Cardoso. A sessão que marca um momento de saudação ao legado e memória do artista é gratuita e tem classificação indicativa livre.
O evento vai acontecer no Cine Teatro Guarany, localizado na avenida Sete de Setembro, no Centro de Manaus. Esta realização marca a última sessão de cinema dedicada a um homem cuja trajetória transformou profundamente a forma como o Brasil e o mundo enxergam a Amazônia. Márcio Souza, que nos deixou nesta semana, foi um romancista, dramaturgo, cineasta e ensaísta que dedicou sua vida a explorar e revelar a complexidade cultural e histórica da região amazônica.
Curiosamente, a última sessão de cinema assistida por Márcio Souza foi no sábado (10/08), quando o escritor foi justamente ao Cineteatro Guarany para assistir à sessão do Cineclube de Arte intitulada “Cinema Memória”, também com obras de Sérgio Cardoso. Márcio assistiu aos filmes “José Gaspar – O Cinéfilo Amazonense” (2018), “Arte, Cultura e Tradição no Amazonas de Luiz Maximino de Miranda Correa Neto” (2022) e “Joaquim Marinho – O Comunicador Cultural do Amazonas” (2018).
Nascido em Manaus em 1946, Souza iniciou sua carreira como crítico de cinema no jornal O Trabalhista, coordenado por seu pai. Sua relação com o cinema não se limitou às críticas; ele se tornou roteirista e diretor, e sua paixão pela Amazônia permeou tanto suas obras cinematográficas quanto seus romances e ensaios. Obras como “Galvez – Imperador do Acre” e “Mad Maria” são testemunhos de sua profunda conexão com a história e as questões sociais da região.
O documentário de Sergio Cardoso, com duração de 94 minutos, é uma homenagem ao legado de Márcio Souza. Lançado em 2021, o filme captura a essência do intelectual e artista que, ao longo de décadas, desafiou narrativas dominantes e deu voz à Amazônia através de suas múltiplas facetas culturais. A obra é uma oportunidade única para o público revisitar a vida e o impacto de Souza, desde seus primeiros passos como crítico de cinema até suas incursões na literatura, dramaturgia e cinema.
“Souza foi um dos grandes intelectuais e artistas do Brasil, e apesar de ter partido deixou uma extensa leva de contribuições culturais que certamente serão eternas. Não perca a chance de apreciar e prestar homenagem a um dos maiores ícones de nossa região”, declarou Sérgio Cardoso.