A Ucrânia enfrenta um momento crucial na guerra contra a Rússia, com uma série de eventos significativos ocorrendo simultaneamente. O governo do presidente Volodymyr Zelensky iniciou uma reforma ministerial, a primeira desde o início do conflito, em meio a uma intensificação dos ataques russos e avanços no território ucraniano.
Nesta quarta-feira (4), seis ministros pediram demissão, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Dmitry Kuleba, uma figura proeminente na defesa internacional da Ucrânia. O presidente Zelensky declarou que o país necessita de “nova energia” e “sangue novo” para continuar a resistência neste momento difícil.
Para o analista, Américo Martins, a mudança ocorre em um momento crucial na guerra, quando o exército russo avança os ataques na Ucrânia.
Ataques russos se intensificam
A Rússia ampliou significativamente seus ataques contra vários pontos da Ucrânia. Um ataque recente no centro do país resultou em mais de 50 mortos, incluindo soldados. Na madrugada desta quarta-feira, a cidade de Lviv, a apenas 50 km da fronteira com a Polônia e do espaço da OTAN, foi alvo de mísseis hipersônicos, difíceis de serem interceptados pelas defesas aéreas ucranianas. O ataque deixou pelo menos sete mortos, entre eles três crianças.
A situação no campo de batalha é preocupante para o governo Zelensky, com os russos avançando no leste ucraniano. Este cenário se torna ainda mais desafiador com a aproximação do outono e inverno na Europa, períodos tradicionalmente difíceis para a resistência ucraniana devido aos ataques russos à infraestrutura energética e de aquecimento.
A combinação da ofensiva militar russa com a instabilidade política interna representa um perigo significativo para o governo de Zelensky. A reforma ministerial em curso é vista como uma tentativa de revitalizar a liderança do país em um momento crítico do conflito, enquanto a Ucrânia luta para manter sua posição e busca apoio internacional contínuo.