O Governo Federal assinou, na quarta-feira (4), um contrato de R$ 92 milhões para a dragagem de um trecho do Rio Amazonas entre Manaus e Itacoatiara, no interior do estado. A ação foi coordenada pelo Ministério dos Portos e Aeroportos.
O Amazonas vive uma seca severa, que já colocou todos os 62 municípios do estado em emergência e afeta 330 mil pessoas. Na capital Manaus, o Rio Negro está medindo 18,49 metros nesta sexta-feira (6). Já em Itacoatiara, o Rio Amazonas está em 5,50 metros.
Com o Rio Negro descendo cada vez mais na capital, empresas que atuam no transporte de cargas precisaram montar portos flutuantes em Itacoatiara. De lá, os navios descarregam as mercadorias em balsas, que seguem para a capital amazonense, para suprir a indústria e o comércio.
Segundo a pasta, com a assinatura do contrato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a DTA Engenharia, empresa vencedora da licitação, poderá começar os trabalhos a tempo de mitigar os efeitos da estiagem sobre a navegabilidade e o escoamento de insumos.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que o objetivo é recuperar permanentemente a capacidade de navegação dos rios.
“Estamos empenhados em garantir a navegabilidade dos rios durante todo o ano, pois eles são essenciais para o transporte de pessoas, bens de primeira necessidade e o escoamento de mercadorias”, afirmou.
O secretário Nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, afirmou que os trabalhos serão iniciados nos próximos dias e deverão minimizar os impactos na região Norte.
“Por meio dessa assinatura, estamos garantindo a contratação do serviço de dragagem para os próximos cinco anos. Isso vai garantir que não haja sobressaltos nos próximos anos. Nós próximos dias vamos emitir a ordem de serviço, o que vai viabilizar o início dos trabalhos”, afirmou.
Outras dragagens
Em junho deste ano, o Ministério de Portos e Aeroportos disse que assinou editais de contratação para serviço de dragagem em quatro trechos dos rios Amazonas e Solimões.
Além do trecho Manaus-Itacoatiara, serão contemplados, Coari-Codajás, Benjamin Constant-Tabatinga, e Benjamin Constant-São Paulo de Olivença.
Apesar da extensão abrangida pelos contratos, a dragagem é feita apenas em pontos específicos, chamados de passos críticos. Esses trechos foram definidos após uma inspeção técnica do Dnit, realizada em abril.
Fonte: G1.