Com um volume expressivo de dividendos pagos até o momento em 2024, a Petrobras voltou a protagonizar na lista de 20 maiores pagadoras de dividendos do mundo, após a distribuição de US$ 4,18 bilhões em proventos aos seus investidores, segundo dados da gestora Janus Henderson.
Isso garantiu à petroleira, no segundo trimestre deste ano, o 13º lugar do ranking global de dividendos.
Em 2022, a empresa chegou a liderar o ranking, mas acabou perdendo o título no ano seguinte, quando o Conselho de Administração decidiu reter o pagamento de todos os dividendos extraordinários. Agora a companhia aparece na frente de gigantes do Vale do Silício, como a Apple.
Confira o ranking das maiores pagadoras de dividendos do mundo:
- HSBC Holdings plc
- Nestle SA
- China Mobile Limited
- Mercedes-Benz Group AG
- Allianz SE
- BNP Paribas
- Microsoft Corporation
- Stellantis N.V
- Sanofi
- Axa
- Toyota Motor Corporation
- Rio Tinto
- Petróleo Brasileiro S.A. Petrobras
- Zurich Insurance Group AG Ltd
- Tencent Holdings Ltd.
- Deutsche Telekom AG
- Lvmh Moet Hennessy Louis Vuitton SE
- Bayerische Motoren Werke AG
- Apple Inc
- L`Oreal
Frederico Nobre, líder da área de análise de ações na Warren, explica que o dividendo da Petrobras é referente a um valor parcial do fluxo de caixa livre, resultado do que é geral pelas operações da empresa menos o que é investido.
Ou seja, quanto mais e mais rápido a Petrobras investe, em tese menos dividendos ela paga.
Como a estatal tem investido menos do que está no plano estratégico, isso acaba sendo positivo sob a perspectiva de pagamento de dividendos extraordinários, explica o especialista, que também lembra que o mercado já aderiu a uma probabilidade maior de pagamentos de dividendos extraordinários neste ano e para o próximo.
A Janus Henderson analisa e divulga a cada três meses os dividendos pagos pelas 1.200 maiores empresas do mundo, de acordo com a capitalização de mercado.
Para Ben Lofthouse, chefe de renda de ações globais, e Jane Shoemake, gerente de portfólio de clientes, as expectativas já eram otimistas para o segundo trimestre de 2024, mas o cenário foi ainda melhor do que o esperado, principalmente pelas empresas da Europa, EUA, Canadá e Japão.
Os especialistas observaram que as economias suportaram bem o fardo das taxas de juros mais altas no mundo e dizem que a inflação desacelerou, enquanto o crescimento econômico foi mais forte do que o previsto.
Este cenário benigno tem sido especialmente positivo para o setor bancário, que está desfrutando de fortes margens e imparidades de crédito limitadas, reforçando os lucros e gerando mais dividendos.
Isso ajudou o índice de dividendos global a registrar um recorde histórico de US$ 606,1 bilhões, uma alta de 5,8% em comparação com o ano anterior. Esse aumento pode ser explicado também pelo início do pagamento de dividendos das gigantes do setor de tecnologia Meta e Alphabet.
No geral, 92% das empresas aumentaram os dividendos ou conseguiram manter eles em níveis estáveis.