Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
Vossa Excelência sabe que a repavimentação da Rodovia BR-319 é, antes de tudo,
uma pauta política.
Essa rodovia já foi toda asfaltada, por ocasião da inauguração, em março de 1976.
Não é justo impor e manter a população do Amazonas e de Roraima isolada do
restante do País, pelo modal rodoviário.
E mais, quem defende a conservação do meio ambiente deveria defender a
repavimentação da Rodovia BR-319, pois assegurará uma maior presença do
Estado, com eficácia na fiscalização (comando e controle), na prevenção e no
combate aos ilícitos ambientais, e no combate a incêndio.
Ocorre que agora a repavimentação dessa rodovia é uma questão de sobrevivência;
o Amazonas está sendo massacrado por mais uma seca severa e não teremos
alternativas, senão fazer uso do modal rodoviário.
Senhor Presidente, pedimos encarecidamente que não subjugues a nossa
população e, de igual modo, que a vossa presença em nosso Estado, esperada para
os próximos dias, possa ser muito mais do que uma agenda política em tempo de
eleição; que seja um ato verdadeiramente em defesa da nossa gente.
Pedimos também, Senhor Presidente, que a sua visita ao Amazonas não se limite
aos correligionários e aos aliados de ocasião, mas que possas reservar um tempo
para percorrer parte dessa importante rodovia, pelo menos até a Comunidade do
Igapó-Açu, que fica no Km 260, já no Trecho do Meio.
Senhor Presidente, procure conversar com as pessoas que moram às margens da
BR-319, e veja in loco tamanha dificuldade imposta a nossa população, seja pela
dificuldade de trafegabilidade durante o inverno amazônico, em razão das chuvas,
seja pela quantidade de poeira, no verão.
Por fim, Senhor Presidente, ressaltamos que precisamos dessa rodovia totalmente
repavimentada, e não de migalhas que se limitam a garantir condições mínimas de
trafegabilidade, sem resolver o problema.
Que neste mês de setembro, o Amazonas também possa dar o seu grito de
Independência e livrar-se das amarras do isolamento rodoviário que tanto sofrimento
impõe a nossa população.
Muito obrigado pela atenção.
Orlando Cabral de Holanda
Orlando Cabral de Holanda, nasceu em 14 de setembro de 1935, filho de Helena Cabral de Holanda e João Carlos de Holanda. Casado há 53 anos com Maria Lourdes Brasil de Holanda, pai exemplar de Ana Lúcia Brasil de Holanda, Ana Helena Brasil de Holanda, Ana Paula Brasil de Holanda, Ana Karina Brasil de Holanda e João Carlos Brasil de Holanda. Natural de Manaus, é um profissional competente, servidor público com serviços de alta relevância prestados ao Amazonas e ao Brasil.
Graduou-se em engenharia pela Universidade Federal do Paraná e depois fez pós-graduação em Navegação de Interiores pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Em 1964, atuou como engenheiro de campo da Empresa Irmão Prata S/A – responsável pela construção da BR 174 – trecho entre Manaus e Caracaraí, em Roraima. De 1965 a 1994 foi funcionário efetivo do Departamento de Estradas de Rodagem do Amazonas.
Em 1965, atuou, ainda, como engenheiro de campo na construção da AM 010 que liga Manaus a Itacoatiara (AM). Já exerceu os cargos de Secretário de Obras do Município (1965), Diretor do Departamento Rodoviário Municipal (1965), Diretor Geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Amazonas (1971), Secretário e Diretor da Secretaria de Transportes do Estado do Amazonas (1971-1975 e 1984-1989).
Atuou no planejamento e execução de grandes obras como a construção da BR 319 que liga o Amazonas a Rondônia. No âmbito da iniciativa privada, foi o engenheiro responsável pela construção dos conjuntos habitacionais Jardim Yolanda, Jardim Primavera I e II e Mucuripe I, II e III, bem como na expansão do Distrito Industrial da Suframa.
Participou da construção da ligação São Jorge – Tarumã – Ponta Negra, Ligação de Boca do Acre (Platô de Piquiá), implantação das vias do Distrito Industrial de Manaus, ligação da balsa Manaus-Cacau Pereira (AM 070), Construção dos Conjuntos Habitacionais Jardim Yolanda, Jardim Primavera I e II e Mucuripi I, II e III e na expansão do Distrito Industrial da Suframa (Distrito II). Em 2013, atuou como subsecretário de infraestrutura permanecendo no cargo até dezembro de 2014. Desde janeiro de 2015 passou a responder pela Superintendência da Seminf.
Foi professor de carreira da Ufam onde atuou entre os anos de 1967 a 2005 lecionando na disciplina Técnica e Economia dos Transportes.