A taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,2% no terceiro trimestre encerrado em outubro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 6,8 milhões de pessoas desocupadas no país, conforme dados publicados nesta sexta-feira (29).
Esta é a menor taxa de desocupação de toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012.
Segundo o IBGE, a quantidade de pessoas desocupadas no trimestre foi a menor em uma década ou desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
A taxa de desocupação do terceiro trimestre recuou 1,4 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado (7,6%) e caiu 0,6 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (6,8%), encerrado em julho de 2024.
A população desocupada também recuou em ambas comparações: 8% (menos 591 mil pessoas) no trimestre e 17,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) na comparação com 2023.
Segundo o IBGE, este foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
Já a população ocupada no Brasil registrou um novo recorde da série histórica do PNDAD e alcançou 103,6 milhões. Foi registrado alta de 1,5% (mais 1,6 milhão de pessoas) em relação aos três meses anteriores e de 3,4% (mais 3,4 milhões) na base anual.
O nível da ocupação no país atingiu 58,7%, alta na comparação trimestral e anual: 0,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (57,9%) e 1,5 pontos percentuais (57,2%) no ano.
Subutilização
A taxa de subutilização — referente às pessoas que estão desempregadas, trabalham menos do que poderia ou não procuram emprego mesmo estando disponível para trabalhar — foi de 15,4%. É a menor taxa para o terceiro trimestre desde 2014.
No período, o Brasil somava 17,8 milhões de pessoas subutilizadas. Recuou nas duas comparações: -4,6% (menos 862 mil) no trimestre e -10,8%
(menos 2,2 milhões) no ano.
A população desalentada — pessoas que não procuram emprego porque avaliam que não vão conseguir — atingiu 3 milhões. É o menor resultado desde o trimestre encerrado em abril de 2016, quando o Brasil contabilizava 2,9 milhões de pessoas nesse perfil.
Segundo o IBGE, o percentual de desalentados (2,7%) recuou 0,2 pontos percentuais no trimestre e 0,4 pontos percentuais no ano.
Mercado de trabalho
No trimestre encerrado em outubro, o Brasil contabilizou 53,4 milhões de pessoas trabalhando no setor privado, maior resultado para a série histórica. Cresceu 1,9% (mais 995 mil pessoas) no trimestre e de 5,0% (mais 2,5 milhões de pessoas) no ano.
No recorte de empregados do setor privado com carteira assinada, o Brasil atingiu 39 milhões, alta de 1,2% (mais 479 mil pessoas) no trimestre e de
3,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano.
Já o montante de empregados sem carteira assinada no setor privado também foi recorde e somou 14,4 milhões no período. É uma alta de 3,7% (mais 517 mil pessoas) no trimestre e de 8,4% (mais 1,1 milhão de pessoas) no ano.
O número de empregados no setor público é de 12,8 milhões, estável no trimestre e com alta de 5,8% (699 mil pessoas) no ano.
O Brasil registrou 25,7 milhões de trabalhadores por conta própria e 6 milhões de trabalhadores domésticos.
Informalidade
De acordo com o IBGE, a taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada, com 40,3 milhões de trabalhadores informais no país. A taxa era de 38,7% (39,4 milhões de pessoas) no trimestre encerrado em julho e 39,1% no mesmo período do ano passado.
Rendimento
O rendimento real habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.255. A massa de rendimento real habitual (R$ 332,6 bilhões) cresceu 2,4% (mais R$ 7,7
bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6 bilhões) no ano.