O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou nesta quarta-feira, 22, a bispa de Washington, Mariann Edgar Budde, de “nojenta” e exigiu um pedido de desculpas por dizer que ele estava espalhando o medo entre imigrantes e pessoas LGBT+ após a líder religiosa ter cobrado o presidente para demonstrar misericórdia para minorias em uma missa na terça-feira, 21, na Catedral Nacional de Washington.
“A suposta bispa que falou terça-feira no Serviço Nacional de Oração é uma esquerdista radical que odeia Trump. Ela tinha um tom desagradável, não era convincente nem inteligente”, escreveu o presidente em sua rede Truth Social.
“Além de seus comentários inapropriados, o sermão foi muito chato e pouco inspirador. Ela não é muito boa em seu trabalho! Ela e sua igreja devem um pedido de desculpas ao público”, acrescentou Trump.
Um sermão em nome da empatia
No sermão, a bispa defendeu crianças gays, lésbicas e transgênero, assim como de imigrantes ilegais. “Há crianças gays, lésbicas e transgênero em famílias democratas, republicanas e independentes, algumas que temem por suas vidas agora”, disse.
Depois, a bispa abordou a promessa de Trump de realizar deportações em massa e rejeitar refugiados e solicitantes de asilo.
“Tenha misericórdia daqueles em nossas comunidades cujas crianças temem que seus pais sejam levados embora e ajude aqueles que estão fugindo de zonas de guerra e perseguição”, disse.
Ela pediu misericórdia em particular para “as pessoas que colhem nossas safras e limpam nossos escritórios, que trabalham em fazendas de aves e em frigoríficos, que lavam os pratos depois que comemos em restaurantes e trabalham nos turnos da noite em hospitais”, destacando que “agrande maioria não é criminosa”. Trump franziu atesta.
Entre as dezenas de ordens executivas assinadas na noite de segunda-feira por Trump estão medidas para suspender a chegada de requerentes de asilo e expulsar migrantes ilegalmente no país. Trump também decretou que apenas dois sexos serão reconhecidos: masculino e feminino, mas não transgêneros.
No banco da frente, Trump ocasionalmente olhava para baixo, aparentando constrangimento, ao lado da primeira-dama Melania.