A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas — Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), órgão da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), atualiza, nesta segunda-feira (05/05), o Informe Epidemiológico de Vírus Respiratórios no Amazonas destacando a redução nos casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados a vírus respiratórios. O documento está disponível em www.fvs.am.gov.br
No Amazonas, de 1º de janeiro a 3 de maio de 2025, foram registrados 1.274 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desses, 433 foram por vírus respiratórios, representando uma diminuição de 32,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 609 casos.
De 1º de janeiro a 3 de maio de 2025, foram registrados 26 óbitos por vírus respiratórios. A queda foi de 27,8%, em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 35 óbitos por SRAG devido a vírus respiratórios. Dos 26 óbitos em 2025, 20 foram por Covid-19, 3 por influenza A, 2 por influenza B e 1 por parainfluenza.
Nas últimas três semanas (13/04 a 03/05), a faixa etária mais atingida é de pessoas com 40 anos ou 60 anos mais (24%); menores de 1 ano a 4 anos (18%); 5 a 9 anos (9%); 10 a 39 anos (3%).
Ainda nas últimas três semanas, os vírus respiratórios mais identificados em amostras laboratoriais encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), integrante da FVS-RCP, foram: influenza A (40,8%), rinovírus (39,2%), influenza B (17,6%), adenovírus (7,3%) coronavírus SARS-CoV-2 (0,2%).
Rede de Assistência Estadual
Conforme a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, a ação integrada entre vigilância e assistência vem contribuindo para o maior controle de SRAG no Estado. A rede estadual conta com 17 unidades de referência para atender à população, com equipes capacitadas para prestar total assistência.
São estratégias essenciais no controle de SRAG nas unidades de saúde a triagem de sintomáticos respiratórios, testagem rápida para diagnóstico de Covid-19, exames laboratoriais para identificação de outros vírus, exames de imagem e tratamento, conforme o quadro clínico do paciente.
Estratégias como o programa Alta Oportuna, implantado nos prontos-socorros infantis, são exemplos de ações que vêm contribuindo com o maior controle. A medida, que consiste em entregar aos pais o kit de medicamento e orientações para o tratamento em casa, após a alta hospitalar, não só vem ajudando a evitar que a criança retorne ao hospital, como também ajuda a desafogar a rede de urgência e emergência.
Segundo a SES-AM, o atendimento inicial às síndromes gripais deve ser buscado nas Unidades Básicas de Saúde. Em casos mais graves, buscar atendimento hospitalar.
Medidas de Prevenção
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, orienta que, para prevenir as síndromes respiratórias, é fundamental adotar medidas simples, como a higienização frequente das mãos, a prática da etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar) e evitar aglomerações.
É imprescindível que pessoas com sintomas respiratórios, profissionais de saúde, os que precisam entrar em contato com indivíduos sintomáticos e quem faz parte de grupo de risco, como idosos, quem tem comorbidades e indivíduos com doenças de imunossupressão usem máscara de proteção respiratória para evitar transmissão de vírus respiratórios:
É ainda essencial proteger crianças menores de seis meses, evitando a exposição a ambientes de risco. A vacina contra Covid-19 e Influenza é distribuída para todo o Amazonas e é recomendada para o público elegível, sendo uma medida importante para a redução da transmissão e a prevenção de complicações graves das doenças.