A urna funerária com os restos mortais de Juliana Marins chegou ao Rio de Janeiro (RJ) no início da noite desta terça-feira (1º). O translado foi feito entre o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) e a Base Aérea do Galeão (BAGL), na capital fluminense.
O voo que saiu da Indonésia chegou em São Paulo por volta de 17h30, antes da escala para o Rio.
Uma nova autópsia será realizada nesta quarta-feira (2). A União também disponibilizou um perito da Polícia Federal para acompanhar integralmente o exame no IML, prestando apoio técnico durante todo o procedimento.
Juliana, de 24 anos, morreu após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. Ela ficou desaparecida por quatro dias até ser localizada sem vida pelas equipes de resgate.
Juliana era natural de Niterói (RJ), onde ocorrerá o velório. A Prefeitura da cidade custeou os gastos com o translado internacional e o sepultamento. O valor é de R$ 55 mil.
Nova autópsia
Com a chegada do corpo, as autoridades brasileiras se reuniram hoje para definir os detalhes da nova autópsia no corpo da brasileira.
A Polícia Federal já indicou que está à disposição para colaborar com o traslado do corpo até o Instituto Médico Legal (IML) que vier a ser designado para a realização do exame.
O novo exame ocorrerá nesta quarta-feira (2).
O debate sobre a nova perícia foi impulsionado por uma ação ajuizada no domingo (29) pela Defensoria Pública da União (DPU), por meio da defensora regional de direitos humanos no Rio de Janeiro, Taísa Bittencourt.
Investigações
A Unidade Criminal da Polícia Nacional da Indonésia começou uma investigação para apurar se houve negligência no caso.
“Já ouvimos várias testemunhas, incluindo o organizador da trilha, o guia, o carregador e policiais florestais”, afirmou o inspetor assistente sênior I Made Dharma Yulia Putra.
Em ação conjunta com especialistas da Embaixada do Brasil, os agentes da polícia indonésia realizaram uma inspeção nos arredores do vulcão Rinjani, onde ocorreu o acidente.
A Defensoria Pública da Uniãoi informou que encaminhou um ofício à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro solicitando a instauração de inquérito policial para também apurar as circunstâncias da morte.