A Tesla está se encaminhando para mais um ano de redução nas vendas após registrar a segunda queda consecutiva nas entregas trimestrais, arrastadas pelas posições políticas de direita do presidente-executivo Elon Musk e por uma linha de veículos envelhecida.
A montadora agora precisa entregar mais de um milhão de veículos durante o segundo semestre, normalmente robusto, para evitar outro declínio nas vendas anuais – uma tarefa que, segundo alguns analistas, pode ser difícil devido à incerteza econômica causada pelas tarifas e às ameaças de eliminar gradualmente os principais incentivos aos veículos elétricos previstos na lei fiscal abrangente do governo Trump, incluindo o crédito de US$7.500 em novas vendas e arrendamentos.
Na quarta-feira (2), a empresa informou que as entregas caíram 13,5% no segundo trimestre, uma cifra pior que os analistas esperavam, mesmo depois de Musk ter dito, em abril, que as vendas haviam melhorado.
Ainda assim, as ações, que caíram cerca de um quarto este ano, subiram 4,5%, uma vez que a queda foi menos severa do que as estimativas mais pessimistas dos analistas, em parte ajudadas por uma modesta recuperação da demanda no competitivo mercado chinês, onde seu atualizado Modelo Y ganhou alguma força.
Embora a Tesla tenha se apoiado em ofertas como financiamento de baixo custo para impulsionar a demanda, ela ainda não lançou modelos mais baratos, há muito prometidos, em um mercado em que veículos elétricos sofisticados e repletos de recursos de seus rivais chineses têm conquistado os compradores.
A Tesla havia dito que começaria a produzir um veículo mais barato – que se espera que seja um Model Y simplificado – até o final de junho, mas a Reuters informou em abril que a decisão foi adiada por pelo menos alguns meses.