O Ibovespa bateu novo recorde nesta sexta-feira (4) e o dólar subiu ante o real, conforme os investidores concentravam suas atenções em falas de autoridades brasileiras e dados no país, uma vez que os mercados dos Estados Unidos estão fechados por conta de um feriado.
O índice de referência do mercado acionário brasileiro teve uma alta de 0,24%, a 141.263,56 pontos, renovando a máxima histórica. Na véspera, o Ibovespa já havia renovado topos históricos, mas com volume reduzido.
Já o dólar à vista subiu 0,37%, a R$ 5,4245 na venda, um dia após atingir seu menor valor em mais de um ano e ainda a caminho de fechar a semana em queda. Na semana, a moeda norte-americana cedeu 0,44%.
Cenário doméstico
Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em evento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) que o modelo econômico da austeridade não deu certo em nenhum país do mundo, acrescentando que sempre que se fala nele, “o pobre fica mais pobre e o rico fica mais rico”.
Na frente de dados, o IBGE informou que a deflação dos preços ao produtor no Brasil se intensificou em maio, marcando o maior recuo desde junho de 2023 e mostrando uma tendência de queda espalhada por boa parte da indústria.
Em relação ao impasse sobre a tentativa do governo de elevar alíquotas do IOF, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu liminarmente os efeitos dos decretos presidenciais que aumentaram a cobrança do imposto bem como a decisão do Congresso que sustou os efeitos da medida.
Cenário externo
No cenário externo, as negociações estavam calmas devido ao fechamento dos mercados dos EUA para o Dia da Independência, mas os agentes financeiros seguem de olho nas discussões comerciais entre Washington e seus parceiros, uma vez que se aproxima o prazo para que os países fechem acordos e evitem tarifas.
Na quinta-feira (3), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que Washington começará a enviar cartas aos países nesta sexta especificando as taxas tarifárias que eles terão de pagar sobre as exportações, uma clara mudança em relação às promessas anteriores de fechar dezenas de acordos individuais.