O primeiro-ministro Mark Carney anunciou nesta quarta-feira (30) que o Canadá pretende reconhecer o Estado Palestino na 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo Carney, a intenção do Canadá se baseia em reformas, incluindo compromissos da autoridade Palestina de reforçar sua governança, realizar eleições gerais em 2026 desconsiderando o Hamas e desmilitarizar o Estado.
“O Canadá pretende reconhecer o Estado da Palestina na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas”, disse Carney. “Tencionamos fazê-lo porque a Autoridade Palestiniana se comprometeu a liderar as reformas tão necessárias.”
O anúncio acontece logo após grandes líderes se pronunciarem sobre a situação em Gaza e defenderem a criação de dois estados.
O líder Emmanuel Macron afirmou que a França vai reconhecer a Palestina no mesmo evento da ONU, que acontecerá em setembro. Além disso, o premiê do Reino Unido afirmou que a nação pretende reconhecer o Estado se Israel não tomar medidas substantivas para pôr fim ao que os britânicos classificaram como situação terrível na Faixa de Gaza e cumprir outras condições.
Em entrevista à jornalistas, o primeiro-ministro canadense condenou a ação militar de Israel na Faixa de Gaza e, segundo ele, ter “permitido uma catástrofe” no enclave palestino.
Carney acrescentou que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, garantiu que seu governo realizará eleições há muito adiadas em 2026, nas quais o Hamas “não desempenhará nenhum papel”.
“(Abbas) também se comprometeu a não militarizar o Estado da Palestina”, acrescentou Carney.
A medida acontece após o líder ter conversado com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, sobre Gaza na terça-feira (29).
Durante o telefonema, os dois políticos discutiram “o desastre humanitário e rápida deterioração em Gaza, bem como a declaração do Reino Unido sobre o reconhecimento de um Estado palestino”, de acordo com o gabinete do premiê.