O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel não pretende ocupar a Faixa de Gaza completamente, horas após o gabinete de segurança do país ter aprovado uma grande expansão da campanha militar no território palestino.
“Não vamos ocupar Gaza – vamos libertar Gaza do Hamas”, alegou Netanyahu em seus primeiros comentários públicos desde que o gabinete aprovou um plano para assumir o controle da Cidade de Gaza.
Antes da reunião do gabinete de segurança, o premiê havia sinalizado objetivos mais maximalistas, ressaltando à Fox News na noite de quinta-feira (7) que Israel pretendia assumir o controle total do território.
Porém, após enfrentar ampla rejeição de aliados de Israel nesta sexta, Netanyahu suavizou parte da retórica que havia usado antes da reunião.
“Gaza será desmilitarizada e uma administração civil pacífica será estabelecida, uma que não seja a Autoridade Palestina, nem o Hamas, nem qualquer outra organização terrorista”, comentou nas redes sociais.
“Isso ajudará a libertar nossos reféns e garantirá que Gaza não represente uma ameaça a Israel no futuro”, adicionou.
Como ocupante de Gaza, Israel seria legalmente obrigado a fornecer serviços básicos para garantir o bem-estar da população, o que pode ser outro motivo pelo qual Israel parece estar deliberadamente evitando o termo.
Israel já controla a vasta maioria do território.