A Corregedoria da Câmara dos Deputados iniciou a análise de uma representação contra 14 parlamentares que ocuparam a Mesa Diretora da Casa na última semana. A investigação visa avaliar a participação individual dos deputados em um motim que durou mais de 30 horas, ocorrido após decisão judicial envolvendo Jair Bolsonaro.
A análise detalhada das condutas individuais é considerada fundamental para estabelecer punições proporcionais. Há expectativa de que mais nomes, além dos 14 inicialmente citados, sejam encaminhados à Corregedoria para investigação, podendo ultrapassar o número de 40 parlamentares envolvidos.
O episódio registrou momentos marcantes, como a ação do parlamentar Zé Trovão, que utilizou o próprio corpo como obstáculo para impedir a passagem de Hugo Mota ao plenário. Outro caso notável envolveu Marcel Van Hattem, que permaneceu na cadeira da presidência por tempo prolongado, ação considerada especialmente significativa devido à sua prévia disputa pela presidência da Casa.
Durante as negociações para resolver o impasse, a oposição conseguiu algumas vitórias, incluindo o apoio do Progressistas, PSD e União Brasil na discussão sobre o fim do foro por prerrogativa de função. No entanto, a demora na retomada do controle do plenário gerou críticas à gestão da situação.
Apesar das críticas, algumas medidas foram elogiadas, como a decisão de não acionar a polícia legislativa e a suspensão da transmissão oficial do plenário para evitar maior desgaste institucional. As imagens do protesto acabaram circulando apenas por meio das redes sociais.