O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a prisão domiciliar pela primeira vez na manhã deste sábado (16) para realizar exames médicos em um hospital particular de Brasília.
A autorização foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado, no entanto, pediu a apresentação de um atestado de comparecimento.
A defesa do ex-presidente terá até 48 horas, após a realização dos exames, para apresentar a comprovação médica.
Bolsonaro deve ser submetido aos seguintes procedimentos médicos neste sábado:
- Coleta de urina;
- Endoscopia digestiva alta, indicada para CID-10 K20;
- Tomografia computadorizada de tórax, para controle evolutivo de CID-10 J15;
- Tomografia computadorizada de abdome, para controle evolutivo de CID-10 K46.9;
- Tomografia computadorizada de pelve, para controle evolutivo de CID-10 K56;
- Ecocardiograma transtorácico, para controle evolutivo de CID-10 I10;
- Ultrassonografia Doppler de carótidas, para controle evolutivo de CID-10 I65.2; e
- Ultrassonografia de próstata e vias urinárias, para controle evolutivo de CID-10 N40.
Segundo os advogados, os exames são necessários para dar “seguimento ao tratamento medicamentoso em curso, reavaliar os sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como verificar as condições atuais de saúde”.
Antes deste sábado, Moraes já havia permitido que os médicos indicados por Bolsonaro o acompanhassem em casa, sem necessidade de comunicação prévia ao STF, desde que respeitadas as medidas cautelares.
O ministro também ressaltou que, em caso de internação urgente, haverá respaldo judicial, desde que o fato seja comunicado em até 24 horas depois do ocorrido, com a devida comprovação médica.
O ex-presidente é acompanhado por médicos desde 2018, quando sofreu uma facada durante a campanha eleitoral. Atualmente, seu tratamento é relacionado às sequelas decorrentes do ferimento.