O presidente da França, Emmanuel Macron, formalizou o reconhecimento do Estado da Palestina nesta segunda-feira (22). O anúncio foi feito durante uma conferência na ONU voltada à solução de dois Estados — que visa a coexistência pacífica entre um Estado palestino e o Estado israelense.
“Chegou a hora. É por isso que, fiel ao compromisso histórico do meu país com o Oriente Médio, com a paz entre israelenses e palestinos, declaro que hoje a França reconhece o Estado da Palestina”, disse Macron.
Macron chamou atenção para a situação na Faixa de Gaza e também pediu a libertação dos reféns do Hamas.
Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal reconheceram o Estado palestino no domingo (21).
Embora a cúpula em Nova York tenha um forte significado, não se espera que traga mudanças na prática, visto que o governo de Israel declarou que não haverá Estado palestino enquanto prossegue com sua luta contra o Hamas.
Israel e os Estados Unidos boicotaram a reunião, e o embaixador israelense na ONU, Danny Danon, classificou o evento como um “circo”.
Durante discurso na conferência, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu por um cessar-fogo imediato e permanente e a libertação de todos os reféns do Hamas, destacando que nada pode justificar o ataque de 7 de outubro de 2023.
“Sem dois Estados, não haverá paz no Oriente Médio, e o radicalismo se espalhará pelo mundo”, afirmou Guterres.