O Brasil abriu 147.358 vagas formais de trabalho em agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado do mês passado foi fruto de 2.239.895 admissões e 2.092.537 desligamentos e ficou abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 160.000 vagas.
O saldo de agosto deste ano foi o pior para o mês em toda a série histórica do Novo Caged, que contabiliza dados desde 2020. No mesmo mês em 2024, foram criados 239.069 postos de trabalho.
Já no acumulado do ano, o saldo positivo ficou em 1.501.930, menor do que o mesmo período em 2024, que contabilizou abertura de 1.742.664 vagas.
Na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, havia antecipado que os dados referentes a agosto mostrariam a continuação do crescimento do emprego formal no Brasil, mas em um ritmo menor do que o que vinha sendo registrado anteriormente e responsabilizou o alto patamar da taxa de juros pela desaceleração.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira que o mercado de trabalho brasileiro está atualmente “no melhor momento das últimas três décadas”, mas que os dados da economia subsidiam o cenário-base do BC, de desaceleração da atividade.
O Comitê de Política Monetária manteve, neste mês, a taxa Selic em 15% ao ano pela segunda vez seguida e destacou que seguirá avaliando se manter os juros nesse patamar por período bastante prolongado será suficiente para levar a inflação à meta de 3%.
O setor de serviços liderou a criação de vagas em agosto com saldo positivo de 81.002 vagas, seguido pelo setor de comércio, com abertura de 32.612 postos, segundo dados sem os ajustes com informações prestadas pelas empresas fora do prazo. O setor agropecuário foi o único entre os cinco setores a registrar saldo negativo, de 2.665 vagas.